O objetivo do presente texto é desenvolver um exame do conto “As irmãs”, de James Joyce (2014), em diálogo com a Teoria do iceberg, cunhada por Ernest Hemingway (2007). Como pano de fundo da análise, recorre-se também à teoria sobre a epifania em suas três fases de apreensão estética – integridade, harmonia e iluminação – como disposta nos estudos de Paulo Vizioli (1991). O tipo de pesquisa quanto aos procedimentos técnicos é o da análise bibliográfica, em interlocução com certas proposições dispostas por Massaud Moisés (2006), para se apresentar acepções sobre a modalidade textual do conto e suas características. Procede-se à análise do referido conto, entrelaçando-se diferentes teorias, a fim de se justificar ou contrapor a produção do contista James Joyce, com enfoque em suas epifanias e nas pequenas revelações que o texto traz ao longo da escrita antes de se atingir o desenlace da narrativa.