Retumbante Natureza Humanizada como a memória da flânerie da Amazônia em Luiz Braga
A trajetória da atuação fotográfica de Luiz Braga remonta as primeiras experiências a partir do seu aprendizado através do Instituto Brasileiro e suas incursões no Hospital Psiquiátrico Juliano Moreira com seu pai. Todavia, o período marcante no percurso do artista foi ao se deparar com os contrastes existentes entre a Belém colonial, marcada pela arquitetura e urbanidade da Belle Epóque e a como ele mesmo afirma “Belém Ribeirinha” apresentada por meio “caboquice” Amazônica representada pela arquitetura popular das casas de madeira sobre o rio e o colorido do xadrez que o fizeram atentar para a plasticidade da cor e isso se tornou uma marca em seu trabalho autoral. Nesse trajeto, Luiz Braga se porta como o Flaneur Baudelairiano ao observar e registrar uma cidade que monta e remonta diante dos olhos e da percepção. Com isso, esse artigo se propõe a discutir o processo de criação de Luiz Braga, a partir da prática do Flaneur presente nos escritos de Walter Benjamin sobre Baudelaire. Essa construção teórica se estrutura também no sentido de como Barthes dialoga sobre o Studium e o Punctum da imagem fotográfica e dessa forma auxilia no olhar antropológico que Luiz Braga desenvolve e transforma em produção artística através da presença do sujeito amazônico, fora dos clichês estereotipados, mas que encontra fundamento no pensamento de João de Jesus Paes Loureiro. Esse artigo se utiliza de argumentações teóricas, bem como entrevistas, vídeos e outros documentos sobre o artista. A relevância de Luiz Braga, tanto para o campo da arte como das ciências humanas está em como ele constrói um olhar peculiar sobre a Amazônia e transforma isso em uma perspectiva estética, não por somente por meio da técnica que desenvolve, mas transformando o afeto em uma premissa estética.
Retumbante Natureza Humanizada como a memória da flânerie da Amazônia em Luiz Braga
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DOI: 10.22533/at.ed.4302015126
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Palavras-chave: Luiz Braga. Flaneur. Estética. Cultura Amazônica. Fotografia
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Keywords: Luiz Braga. Flaneur. Aesthetics. Amazonian Culture. Photography
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Abstract:
The trajectory of the photographic performance of Luiz Braga goes back to the first experiences from his apprenticeship through the Brazilian Institute and his forays into the Psychiatric Hospital Juliano Moreira with his father. However, the remarkable period in the artist's career was when he came across the contrasts between colonial Belém, marked by the architecture and urbanity of Belle Epoque, and how he himself affirms "Belém Ribeirinha" presented by means of "caboquice" popular of the wooden houses on the river and the colorful of the chess that made him pay attention to the plasticity of the color and this became a mark in his work author. In this way, Luiz Braga behaves like the Baudelairiano Flaneur when observing and registering a city that rides and goes back before the eyes and the perception. With this, this article proposes to discuss the process of creation of Luiz Braga, from the practice of Flaneur present in the writings of Walter Benjamin on Baudelaire. This theoretical construction is also structured in the sense of how Barthes talks about the Studium and Punctum of the photographic image and thus assists in the anthropological look that Luiz Braga develops and transforms into artistic production through the presence of the Amazonian subject, outside the stereotyped clichés, but that found foundation in the thought of João de Jesus Paes Loureiro. This article uses theoretical arguments as well as interviews, videos and other documents about the artist. Luiz Braga's relevance for both the field of art and the human sciences lies in how he constructs a peculiar view of the Amazon and transforms it into an aesthetic perspective, not only by means of the technique he develops, but by transforming affection into an aesthetic premise.
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Número de páginas: 9
- Thiago Guimarães Azevedo