Cimentos resinosos são compósitos de baixa viscosidade indicados para cimentação de restaurações indiretas, proporcionando vedação adequada entre restauração e substrato dentário (1). Diferem entre si de acordo com o pré-tratamento do substrato dental antes da cimentação e classificam-se em: 1) condicionamento total, utilizados após a aplicação de um sistema adesivo e um ácido separado; 2) autocondicionantes, utilizados após um primer; 3) autoadesivos, sem sistema adesivo (2,3).  A escolha de cimentar pinos pré-fabricados com sistemas adesivos e cimento resinoso se deve aos melhores resultados de retenção e melhor distribuição de tensões ao longo da raiz. O pino de fibra de vidro (PFV) e cimento resinoso atuam como única unidade e seu módulo de elasticidade está mais próximo da dentina (4, 5). Este estudo avaliou a resistência de união de quatro cimentos resinosos na cimentação de PFV usando três abordagens diferentes (condicionamento total, autoadesivo e autocondicionante). 40 incisivos bovinos tiveram sua coroa removida, realização de tratamento endodôntico e divididos aleatoriamente em 04 grupos (n = 10), de acordo com o cimento e adesivo utilizado: Allcem CORE (grupo controle) condicionamento total; Autoadesivo RelyX U200; Autocondicionante RelyX Ultimate Clicker e autocondicionante NEXUS 3. Após cimentação, cada amostra foi cortada perpendicularmente ao eixo vertical, produzindo seis palitos de 1 mm de espessura, duas fatias em cada terço (cervical, média e apical). Em seguida, as amostras foram submetidas ao teste de push-out a uma velocidade de 0,5 mm / min. A análise foi feita pelo teste F (ANOVA), Bonferroni e Tukey (p <0,05). Houve diferenças estatisticamente significantes entre os grupos (p <0,05). O cimento de condicionamento total apresentou melhor desempenho. O cimento resinoso autoadesivo apresentou o menor valor médio de resistência push-out. Os cimentos resinosos utilizados com adesivos de condicionamento total e autocondicionantes parecem ser uma abordagem eficaz para a cimentação de PFV.