Artigo - Atena Editora

Artigo

Baixe agora

Livros
capa do ebook RESÍDUOS DA CINZA DA CASCA DE ARROZ: CONTEXTO E ALTERNATIVAS

RESÍDUOS DA CINZA DA CASCA DE ARROZ: CONTEXTO E ALTERNATIVAS

O Brasil, no continente americano, é o maior produtor de arroz, sendo o Rio Grande do Sul o estado responsável por mais de 70% dessa produção. O consumo médio do Brasil gira em torno de 45 kg per capita ao ano de arroz beneficiado. O tradicional arroz com feijão equivale a 1/4 da alimentação dos brasileiros e combinados fornecem proteínas, carboidratos, ferro, entre outros nutrientes essenciais para o consumo humano. Na produção e beneficiamento do arroz, dentre os resíduos gerados, a casca é o mais volumoso e corresponde a mais de 20% do peso do grão, o que equivale, em média, a 1,6 milhão de toneladas/safra. O descarte da casca de forma incorreta pode proliferar a liberação de gases, como, o metano, monóxido de carbono e outros, contribuindo para a poluição ambiental. O principal uso da casca de arroz é a sua queima para aproveitamento energético térmico, como nos engenhos, mas também com grande potencial na produção de energia elétrica. No Brasil existem 13 usinas termoelétricas com potência instalada de 53,33 KW, que utilizam dessa biomassa. O processo de queima da casca de arroz origina como subproduto a cinza da casca de arroz, utilizada na confecção de vidrarias, isolantes térmicos, argamassa, cimento, tijolos, refratários a base de sílica e outros. A utilização da cinza na produção de sílica demonstra ser eficiente, apresentando alto teor de carbono e de óxido de silício, queimando a baixas temperaturas e sendo uma fonte natural de sílica. A incorporação em solos agrícolas é outro comum destino para as cinzas da casca de arroz. A cinza da casca de arroz é material viável e de fácil acesso. A importância e consumo do arroz e sua produção, especialmente no sul do Brasil, deve considerar também alternativas sustentáveis de sua prática e gerenciamento e alternativas aos seus resíduos.

Ler mais

RESÍDUOS DA CINZA DA CASCA DE ARROZ: CONTEXTO E ALTERNATIVAS

  • DOI: 10.22533/at.ed.91721100812

  • Palavras-chave: resíduos agrícolas, aproveitamento, energia, solos

  • Keywords: agricultural waste, recovery, energy, soils

  • Abstract:

    On the American continent, Brazil is the largest rice producer. Rio Grande do Sul state is responsible for more than 70% of the Brazilian rice production. Average consumption in Brazil is around 45 kg per capita per year of processed rice. The traditional plate rice and beans is equivalent to 1/4 of the food of Brazilians. Combined, rice and beans, provide proteins, carbohydrates, iron, among other essential nutrients for human consumption. In the production and processing of rice the husk is the most voluminous residue and corresponds to more than 20% of the grain weight, which is equivalent to an average of 1.6 million tons each harvest. Incorrect rice husk disposal can proliferate the release of gases, such as methane, carbon monoxide and others, contributing to environmental pollution. The main use of rice husk is its burning for thermal energy use, as in mills, but also with great potential in the production of electricity. In Brazil there are 13 thermoelectric plants that uses rice husk with an installed capacity of 53.33 KW. The rice husk burning process originates ash as a by-product. The rice husk ash is used in the manufacture of glassware, thermal insulators, mortar, cement, bricks, silica-based refractories, and others. The use of rice husk ash in the production of silica proves to be efficient, presenting a high content of carbon and silicon oxide, burning at low temperatures and being a natural source of silica. Incorporation into agricultural soils is another common destination for rice husk ash. Rice husk ash is a viable and easily accessible material. The importance and consumption of rice and its production, especially in southern Brazil, must also consider sustainable alternatives for its practice and management and alternatives to its residues.

     

  • Número de páginas: 17

  • Amanda Rampelotto de Azevedo
  • Viviane Dal-Souto Frescura
  • Paulo Ademar Avelar Ferreira
  • Mariana Veira Coronas
Fale conosco Whatsapp