REPRESENTAÇÕES DO CAOS NA MÚSICA DO SÉCULO XVIII
O Caos tem sido tema de debate constante desde a Antiguidade, embora sejam poucos os estudos que abordem as representações do Caos na música. Obras musicais que imitem o Caos tampouco aparecem em grande quantidade na literatura musical. Contudo, o século XVIII testemunha pelo menos três importantes obras que se propõem a esta tarefa: a abertura Les Elemens (1737), de Jean-Féry Rebel, a abertura da ópera Zaïs (1748), de Jean-Phillippe Rameau e o prelúdio de A Criação (1798) de Joseph Haydn. Ao contrapor as obras, fica claro que, apesar das diferenças estilísticas, elas revelam muitos elementos em comum, tanto no que diz respeito ao uso da matriz clássica, que serve como ponto de partida para todas estas obras, quanto no que se refere às técnicas usadas para exprimir o Caos. Nesse artigo estudaremos as principais compreensões greco-latinas, seiscentistas e setecentistas acerca do Caos, trilhando o percurso desses pensamentos até os nossos compositores buscando encontrar uma unidade na maneira de se representar o Caos na música do século XVIII.
REPRESENTAÇÕES DO CAOS NA MÚSICA DO SÉCULO XVIII
-
DOI: 10.22533/at.ed.17620190611
-
Palavras-chave: Retórica musical; Poética musical; Música do séc. XVIII; Jean-Féry Rebel; Jean-Phillip Rameau; Franz Joseph Haydn.
-
Keywords: Musical Rhetoric; Musical Poetics; Music in 18th Century; Jean-Féry Rebel; Jean-Phillip Rameau; Franz Joseph Haydn.
-
Abstract:
Chaos has been theme of constant debate since Antiquity, although there are few surveys that approach the representations of it in music. Musical works that imitate Chaos also do not appear in large scale in musical literature. However, the 18th century witnesses at least three important works that go for this duty: the ouverture Les Elemens (1737) by Jean-Féry Rebel, the ouverture to the opera Zais (1748) by Rameau and the prelude to The Creation (1798) by Joseph Haydn. It is clear, in comparing them, that, despite of stylistic differences, they reveal many elements in common, both concerning the classics – which serves as starting point to all of these works – and the techniques used by them to express Chaos. In this article, it will be studied the main Greco-latin, seventeenth and eighteenth centuries understandings around Chaos by following the path of these thoughts until those composers, seeking an unity in the way to represent Chaos in eighteenth century music.
-
Número de páginas: 10
- Felipe Galhardi Rodrigues