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REMOÇÃO DE COR E TOXICIDADE DE EFLUENTE TÊXTIL A PARTIR DE CIANOBACTÉRIAS

Dentre os corantes sintéticos, 70% são utilizados no tingimento de peças têxteis, dos quais destacam-se os do tipo azo (VAN DER ZEE, 2002). Estes têm em sua estrutura química um ou mais grupos azo (–N=N–), ligados a anéis benzênicos ou naftalenos, podendo conter elementos e diversas funções químicas, como cloro (–Cl), metil (–CH3), nitro (–NO2), amina (–NH2), hidroxila (–OH), carboxila (–COOH) e sulfonato (–SO3H). Este último grupo é o mais comum, o que define o corante como um azo sulfonado. Os grupos sulfônicos quando ligados a aminas aromáticas, aumentam o caráter xenobiótico do composto, e a presença de unidades aniônicas fortemente carregadas impede sua passagem através da membrana celular bacteriana, dificultando a sua degradação (VAN DER ZEE, 2002). Os efluentes têxteis, embora apresentem cor elevada, foram escolhidos para compor este trabalho, pelo fato de conter concentrações consideráveis de nutrientes mesmo após seu tratamento. Além disso, a possibilidade de remoção de substâncias recalcitrantes e toxicidade por meio de microalgas e cianobactérias foram também consideradas nessa escolha, visto que seu descarte no meio ambiente, mesmo depois de tratado por vias físico-químicas, eletroquímicas, ou mesmo biológicas, ainda é motivo de preocupação Cepas suspensas e imobilizadas de O. tennuis, foram utilizadas, passando por um processo de adaptação à ambiente salobro, aproximadamente 3‰, compostas por sais de bicarbonato de sódio, cloreto de sódio e sulfato de sódio na proporção 1:0,7:1,4:1. O corante azo Direct Black 22 (DB22) foi usado na composição sintético e a este foi adicionado a glicose como fonte de carbono. Reatores em batelada foram utilizados sendo aplicados 05 diferentes condições para prover diferentes vias metabólicas às cepas. A cianobactéria O. tennuis, teve um melhor desempenho, em termos de remoção de toxicidade (cor e sulfatos), quando suspensa em cultivo, e utilizando glicose como fonte de C e metabolismo autotrófico.

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REMOÇÃO DE COR E TOXICIDADE DE EFLUENTE TÊXTIL A PARTIR DE CIANOBACTÉRIAS

  • DOI: 10.22533/at.ed.0612205092

  • Palavras-chave: Tratamento de efluente têxtil, cianobactérias, efluente sintético

  • Keywords: Textile wastewater treatment, Cyanobacteria, Synthetic wastewater

  • Abstract:

    Among the synthetic dyes, 70% are used in the dyeing of textiles, of which the azo type stand out (VAN DER ZEE, 2002). These have in their chemical structure one or more azo groups (–N=N–), linked to benzene or naphthalene rings, and may contain elements and various chemical functions, such as chlorine (–Cl), methyl (–CH3), nitro (– NO2), amine (–NH2), hydroxyl (–OH), carboxyl (–COOH) and sulfonate (–SO3H). This last group is the most common, which defines the dye as a sulfonated azo. The sulfonic groups, when linked to aromatic amines, increase the xenobiotic character of the compound, and the presence of strongly charged anionic units prevents its passage through the bacterial cell membrane, hindering its degradation (VAN DER ZEE, 2002). Textile effluents, although they have a high color, were chosen to compose this report, because they contain considerable concentrations of nutrients even after their treatment. In addition, the possibility of removing recalcitrant substances and toxicity by means of microalgae and cyanobacteria were also considered in this choice, since their disposal in the environment, even after being treated by physicochemical, electrochemical, or even biological means, is still cause for concern Suspended and immobilized strains of O. tennuis were used, undergoing a process of adaptation to the brackish environment, approximately 3‰, composed of sodium bicarbonate salts, sodium chloride and sodium sulfate in a 1:0 ratio, 7:1,4:1. The azo dye Direct Black 22 (DB22) was used in the synthetic composition and glucose was added as a carbon source. Batch reactors were used and 05 different conditions were applied to provide different metabolic pathways to the strains. The cyanobacterium O. tennuis had a better performance, in terms of removal of toxicity (color and sulfates), when suspended in culture, and using glucose as a source of C and autotrophic metabolism.

  • Número de páginas: 6

  • Silvia Mariana da Silva Barbosa
  • Marcella Vianna Cabral Paiva
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