Neste texto analiso alguns relatos sobre diversidade sexual e gênero de professores/as que participaram do curso “Gênero e Diversidade na Escola” (GDE), em 2009. Discuto sobre a identidade e os processos de identificação, por vezes permeado por conflitos. Discuto sobre o conceito de gênero, estabelecendo diálogo com autoras como Scott (1995) e Butler (1999), e diversidade sexual com Foucault (1988) e Weeks (1999). Contextualizo o surgimento do GDE, desde a inserção de temas como a diversidade sexual e o gênero relacionado à educação, nas políticas públicas a partir do governo Fernando Henrique Cardoso, até as iniciativas realizadas pelo governo Lula, e a expansão do seu oferecimento pelo sistema UAB. Estabeleço diálogo com os autores sobre os processos de identificação, utilizando excertos retirados dos memoriais entregues pelos/as docentes como trabalho final do GDE. Reflito sobre o reconhecimento das singularidades e algumas percepções de gênero e diversidade sexual dos/as docentes sem abandonar o diálogo com as teorias de identidade. Foi possível perceber pelas análises que o reconhecimento do “outro” e de suas semelhanças e diferenças identitárias muitas vezes pode chocar, e que nem sempre é fácil lidar com essa questão, ainda mais quando se trata de reconhecer as identidades englobadas pela diversidade sexual.