RELAÇÕES FAMILIARES NA CONTEMPORANEIDADE E CONSTRUÇÃO DA SUBJETIVIDADE
A família contribui para a construção
da identidade pessoal e coletiva dos sujeitos
e pode ser entendida como uma forma
de organização social persistente, tendo
em vista sua capacidade de ajustar-se às
novas exigências do meio. Considerando a
liquidez e volatilidade próprios da sociedade
contemporânea e presentes nas relações que
se ancoram na criação de conexões e não na
criação de vínculos, a fluidez institucional que dá
lugar à incerteza, também abre espaço para que
os indivíduos inventem sua própria configuração
familiar, refletindo assim, na construção de
sua subjetividade. O presente estudo buscou
investigar como tem se desenvolvido essa
subjetividade na relação do sujeito com a família,
diante do contexto contemporâneo, a partir das
perspectivas de estudiosos que se debruçam
sobre as categorias família, subjetividade e
relações sociais. Para tanto, foram visitadas
obras de Bourdieu (1996 e 1993); Donati
(2011), Kehl (2013), Roudinesco (2003), Singly
(2010), dentre outros. Os resultados apontam
que o abandono moral a que os pais estão
submetendo os filhos na contemporaneidade,
pode comprometer a gestão equilibrada do
complexo afetivo das crianças, gerando assim,
indivíduos do cogito cartesiano, centrados em si
mesmos, egóicos. Contudo, há que se alimentar
o imaginário positivo da família contemporânea,
alicerçado no fato desta não se configurar como
um espaço definido pelo sentido da disciplina,
rigidez patriarcal, mas que permite que seus
membros conciliem a pertença comum com a
singularidade de cada um.
RELAÇÕES FAMILIARES NA CONTEMPORANEIDADE E CONSTRUÇÃO DA SUBJETIVIDADE
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DOI: 0.22533/at.ed.55619200822
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Palavras-chave: Relações familiares; Sujeitos; Subjetividade.
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Keywords: atena
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Abstract:
atena
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Número de páginas: 15
- Elaine Pedreira Rabinovich
- Ivonete Barreto de Amorim
- LUCIANA RIOS DA SILVA