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Relação entre Pólipos Nasais e Doenças Alérgicas: Mecanismos, Diagnóstico e Tratamento

INTRODUÇÃO A polipose nasal é uma doença inflamatória crônica frequentemente associada a doenças alérgicas, como rinite alérgica e asma. Ambas as condições compartilham mecanismos fisiopatológicos mediados por uma resposta imunológica do tipo Th2, com aumento da expressão de IL-4, IL-5 e IL-13, além de infiltração eosinofílica. A disfunção da barreira epitelial e a presença de biofilmes bacterianos também contribuem para a persistência da inflamação e a resistência ao tratamento. Estudos sugerem que fatores genéticos podem predispor pacientes à ocorrência simultânea dessas doenças, aumentando a gravidade dos sintomas e a recorrência dos pólipos.  OBJETIVOS Investigar a relação entre pólipos nasais e doenças alérgicas, analisando os mecanismos imunológicos subjacentes, a sobreposição clínica dessas condições e as estratégias terapêuticas mais eficazes para o manejo dos pacientes.  MÉTODOS​ Trata-se de uma revisão narrativa. Foi utilizado os bancos de dados PubMed, sciELO e Medline e os seguintes descritores: “Pólipos nasais” AND “Doenças alérgicas” OR “Inflamação crônica” OR “Imunoterapia” OR “Biomarcadores” nos últimos anos. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os pacientes com pólipos nasais e doenças alérgicas frequentemente apresentam um fenótipo mais grave, com maior resistência ao tratamento convencional. O diagnóstico diferencial é essencial e envolve avaliação clínica, endoscopia nasal, exames de imagem e biomarcadores inflamatórios. O tratamento inclui corticosteroides intranasais e sistêmicos, imunoterapia e, em casos refratários, terapias biológicas como dupilumabe e mepolizumabe. A cirurgia endoscópica funcional dos seios paranasais pode ser necessária, mas apresenta altas taxas de recorrência, especialmente sem controle adequado da inflamação.  CONCLUSÃO A abordagem terapêutica da polipose nasal em pacientes alérgicos deve ser personalizada, considerando o perfil inflamatório do paciente e a resposta ao tratamento. Novos avanços no entendimento da fisiopatologia da doença e o desenvolvimento de biomarcadores específicos podem permitir terapias mais eficazes e redução da recorrência. A integração de estratégias farmacológicas e cirúrgicas, aliadas ao controle ambiental e à medicina personalizada, poderá melhorar significativamente o prognóstico e a qualidade de vida desses pacientes.
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Relação entre Pólipos Nasais e Doenças Alérgicas: Mecanismos, Diagnóstico e Tratamento

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.619122502014

  • Palavras-chave: Pólipos nasais; Doenças alérgicas; Inflamação crônica; Imunoterapia; Biomarcadores.

  • Keywords: Pólipos nasais; Doenças alérgicas; Inflamação crônica; Imunoterapia; Biomarcadores.

  • Abstract: INTRODUÇÃO A polipose nasal é uma doença inflamatória crônica frequentemente associada a doenças alérgicas, como rinite alérgica e asma. Ambas as condições compartilham mecanismos fisiopatológicos mediados por uma resposta imunológica do tipo Th2, com aumento da expressão de IL-4, IL-5 e IL-13, além de infiltração eosinofílica. A disfunção da barreira epitelial e a presença de biofilmes bacterianos também contribuem para a persistência da inflamação e a resistência ao tratamento. Estudos sugerem que fatores genéticos podem predispor pacientes à ocorrência simultânea dessas doenças, aumentando a gravidade dos sintomas e a recorrência dos pólipos.  OBJETIVOS Investigar a relação entre pólipos nasais e doenças alérgicas, analisando os mecanismos imunológicos subjacentes, a sobreposição clínica dessas condições e as estratégias terapêuticas mais eficazes para o manejo dos pacientes.  MÉTODOS​ Trata-se de uma revisão narrativa. Foi utilizado os bancos de dados PubMed, sciELO e Medline e os seguintes descritores: “Pólipos nasais” AND “Doenças alérgicas” OR “Inflamação crônica” OR “Imunoterapia” OR “Biomarcadores” nos últimos anos. RESULTADOS E DISCUSSÃO Os pacientes com pólipos nasais e doenças alérgicas frequentemente apresentam um fenótipo mais grave, com maior resistência ao tratamento convencional. O diagnóstico diferencial é essencial e envolve avaliação clínica, endoscopia nasal, exames de imagem e biomarcadores inflamatórios. O tratamento inclui corticosteroides intranasais e sistêmicos, imunoterapia e, em casos refratários, terapias biológicas como dupilumabe e mepolizumabe. A cirurgia endoscópica funcional dos seios paranasais pode ser necessária, mas apresenta altas taxas de recorrência, especialmente sem controle adequado da inflamação.  CONCLUSÃO A abordagem terapêutica da polipose nasal em pacientes alérgicos deve ser personalizada, considerando o perfil inflamatório do paciente e a resposta ao tratamento. Novos avanços no entendimento da fisiopatologia da doença e o desenvolvimento de biomarcadores específicos podem permitir terapias mais eficazes e redução da recorrência. A integração de estratégias farmacológicas e cirúrgicas, aliadas ao controle ambiental e à medicina personalizada, poderá melhorar significativamente o prognóstico e a qualidade de vida desses pacientes.

  • Jean Sousa Cavalcante
  • Bruna Rafaela Beppler
  • Bruna dos Santos Martins Moraes
  • Laécio Trajano de Sales
  • Álvaro Antônio Martins Silva
  • Isabella Peixoto dos Santos
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  • Manuela Caram Paceau Lazaro
  • Suzana Azevedo Golgher
  • Ângelo Augusto Stoll Leão
  • Mauricio Lopes da Silva Netto
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