A diarreia é uma das principais causas

de morbidade e mortalidade infantil, podendo

ser causada por diferentes microrganismos,

sendo o Rotavírus um dos principais, está em

primeiro lugar entre as doenças causadas por

fatores ambientais, como: má qualidade dos

alimentos consumidos, falta de condições de

higiene e ausência de saneamento básico. O

objetivo deste estudo é relacionar a infecção

por Rotavírus a fatores higiênicos sanitários em

crianças de até cinco anos de idade, internadas

no Hospital Infantil Cosme e Damião (HICD)

em Porto Velho – RO. Participaram do estudo

crianças de 0 a 5 anos com gastroenterite que

encontravam-se em observação ou internadas

no HICD. Foi aplicado um questionário

epidemiológico aos responsáveis das crianças

que aceitaram participar da pesquisa e

assinaram o Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido. Foram coletadas informações de

155 crianças, desse total 88/155 (57%) foram

diagnosticadas com Rotavírus. Dentre essas,

41/88 (47%) possuem rede de esgoto na

residência, 43/88 (49%) não possuem e 4/88

(4%) desconhecem. Em relação ao consumo

de água, 57/88 (65%) bebem água tratada,

28/88(32%) sem tratamento e 3/88 (3%) não

informaram. A respeito da higienização de

legumes e frutas 66/88 (75%), lavam apenas

em água corrente, 13/88 (15%) lavam em água

corrente mais hipoclorito e 9/88 (10%) não

informaram. Crianças até 6 anos apresentam

maior morbidade e mortalidade relacionadas a

patógenos, em especial aos intracelulares. O

controle higiênico sanitário é vital para evitar

contaminações, observa-se nos participantes

do estudo pontos que impulsionam à infecção

por Rotavírus. Nota-se que as diarreias por

Rotavírus são frequentes em crianças até 6 anos, principalmente às expostas a

condições precárias de saneamento básico. Espera-se contribuir com os órgãos de

saúde competentes, na inspeção dos casos de Rotavírus na região, com o intuito de

gerar estratégias para melhoria da qualidade de vida dos grupos de risco.