REGIONALISMO CRÍTICO: DA ARQUITETURA MODERNA BIOCLIMÁTICA ÀS MALOCAS INDÍGENAS XINGUANAS
O regionalismo crítico não se refere à tradição vernacular como interação combinada entre
clima, cultura, mito e produção artesanal, mas à identificação de escolas de arquitetura regional
(Frampton, 2009). Tanto a arquitetura vernacular de casas de palafitas de madeira ribeirinhas
amazônicas/malocas indígenas quanto os ecotopos (formas baseadas em ecossistemas) dos
jardins de Burle-Marx são organicistas. Tais ecotopos se baseiam em formas ameboides da
Amazônia, coincidindo com formas de pinturas e jardins geométrico-abstratos desenhados para
o MES e o MAM/Rio (Montaner, 2009). No Rio de Janeiro, se enfatiza a influência de Lucio
Costa, derivada de diretrizes corbuseanas, ao desenhar terraços-jardins para usufruir da
paisagem e da brisa marinha, ao lado de pilotis que elevam o piso e onde redes podem ser
atadas em meio às palmeiras e aos coqueiros. A arquitetura tropical brasileira (Segawa, 2005)
se caracteriza por se afastar não somente de métodos construtivos habituais, mas também de
uma atitude característica da cultura ocidental de agressividade em relação à natureza. A
arquitetura regional autêntica tem suas raízes na terra; sendo um produto espontâneo das
necessidades e conveniências da economia e do meio físico social. Essa arquitetura teria se
desenvolvido, junto com a tecnologia a um tempo incipiente e apurada, à feição da índole e do
engenho de cada povo (Costa, 1995, p. 451). Portanto, a arquitetura local brasileira deveria ser
pensada e fruída dentro de um contexto ocidental, ao lograr incorporar ao projeto tecnológico
moderno tanto elementos coloniais de influência portuguesa quanto referências projetuais à
oca xinguana.
REGIONALISMO CRÍTICO: DA ARQUITETURA MODERNA BIOCLIMÁTICA ÀS MALOCAS INDÍGENAS XINGUANAS
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DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.6122412115
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Palavras-chave: Regionalismo Crítico; Arquitetura Regional e Tropical
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Keywords: -
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Abstract: -
- Dinah Tereza Papi de Guimaraens