Redes sociais e comportamento político violento: uma síntese das ameaças aos direitos humanos no Brasil
Estamos expostos com muita
frequência aos fatores geradores da violência.
A violência faz parte do nosso cotidiano. O
comportamento político violento, difundido
através das redes sociais, é um enfoque que
insere a violência no contexto do ciberativismo,
termo utilizado para descrever as ações de
mobilização política, cultural e socioambiental,
que se destacam pela extraordinária velocidade
de organizar multidões através das novas
mídias. Com base neste enfoque, este artigo
procura demonstrar que o comportamento
político violento, presente nas redes sociais
do Brasil após os protestos públicos de 2013,
ajudaram a promover a ascensão política de
parlamentares conservadores que, depois de
eleitos ou consagrados nas urnas em 2014,
passaram a atuar em favor da aprovação
de projetos que afrontam quaisquer tipos de
igualdade para as minorias sociais e enaltecem
o “ódio cabal aos direitos humanos”. São
iniciativas parlamentares amplamente nocivas
aos direitos humanos e à cultura política
democrática derivada da Constituição de 1988.
Redes sociais e comportamento político violento: uma síntese das ameaças aos direitos humanos no Brasil
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DOI: 10.22533/at.ed.97119040227
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Palavras-chave: Redes Sociais; Comportamento Político; Violência.
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Keywords: Social Networks; Political Behavior; Violence.
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Abstract:
We are often exposed to the
factors that generate violence. Violence is part
of our daily lives. Violent political behavior,
spread through social networks, is an approach
that inserts violence in the context of cyberactivism,
a term used to describe the actions
of political, cultural and socio-environmental
mobilization, highlighted by the extraordinary
speed of organizing crowds through new media.
Based on this approach, this article seeks to
demonstrate that violent political behavior,
present in Brazilian social networks after the
public protests of 2013, helped to promote the
political rise of conservative parliamentarians
who, after being elected or consecrated at
the polls in 2014, to act in favor of approving
projects that address any kind of equality
for social minorities and extol the “absolute
hatred of human rights”. These parliamentary
initiatives are largely harmful to human rights
and democratic political culture stemming from
the 1988 Constitution.
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Número de páginas: 15
- Jonas Modesto de Abreu