REDEMOCRATIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DO PODER LEGISLATIVO NA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA
A interdependência entre os Estados,
oriunda do processo de globalização, avultou a
percepção de que a política internacional gera
impactos na política doméstica, incitando a
expansão dos mecanismos de participação de
diversas instâncias governamentais na política
externa. O processo decisório em Política
Externa Brasileira foi historicamente marcado
pela preponderância do poder Executivo,
especialmente através do insulamento
burocrático do Ministério das Relações
Exteriores. Desde a redemocratização política
no Brasil, com a promulgação da Constituição
de 1988, a política externa brasileira está se
consolidando como uma política pública. As
pautas de política externa cristalizaram-se
como interesse público, sujeitas à apreciação e
ao debate político. A transversalidade de pautas
internacionais em outras pastas ministeriais e
o apelo democrático promoveu uma maior
inserção do poder Legislativo no debate sobre
política externa. Dito isto, almeja-se analisar a
redemocratização e a participação do Poder
Legislativo na política externa brasileira, como
ator ex ante e ex post, identificando em que
medida o seu desempenho se constitui como
agente de transformação na condução da
política externa, tendo em vista os conceitos
do Modelo de Hermann de Análise de Política
Externa. O Congresso Nacional ainda não atua
como um veto player, mas a ampliação da
participação do Legislativo na deliberação dos
Atos Internacionais garante maior legitimidade
no processo decisório em política externa.
REDEMOCRATIZAÇÃO E PARTICIPAÇÃO DO PODER LEGISLATIVO NA POLÍTICA EXTERNA BRASILEIRA
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DOI: 10.22533/at.ed.52019170119
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Palavras-chave: PEB; Legislativo; Processo Decisório.
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Keywords: Atena
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Abstract:
ATENA
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Número de páginas: 15
- Nayanna Sabiá de Moura