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capa do ebook RECONSTITUIÇÃO PALEOAMBIENTAL EM SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS ATRAVÉS DA ANÁLISE DE FITÓLITOS: ESTUDOS DE CASO NO BRASIL

RECONSTITUIÇÃO PALEOAMBIENTAL EM SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS ATRAVÉS DA ANÁLISE DE FITÓLITOS: ESTUDOS DE CASO NO BRASIL

A análise de fitólitos tornou-se uma ferramenta arqueobotânica cada vez mais popular nas últimas décadas, principalmente para corroborar hipóteses relacionadas à domesticação de culturas alimentares e ao estudo da dieta antiga, em contextos onde restos de plantas são mal preservados. Diversos estudos foram realizados com fitólitos extraídos de sedimentos arqueológicos e artefatos, mas poucos, sobretudo no Brasil, visando à reconstituição das condições paleoambientais desses sítios. O objetivo deste trabalho é mostrar como os fitólitos recuperados em sítios arqueológicos podem contribuir para a reconstituição paleoambiental de determinada área, tendo como exemplos de estudos o Sambaqui da Tarioba - Rio das Ostras, RJ; Sítio Cabeças 4 - Serra Negra, MG e o Sambaqui Casa da Pedra - São Francisco do Sul, SC. Nos 3 sítios arqueológicos estudados, os fitólitos se mostraram bem preservados. No Sambaqui da Tarioba, a análise da composição de fitólitos indicou que a vegetação do entorno deste sítio arqueológico, em torno de 3890-3530 anos cal AP, consistiu de floresta seca. No Sítio Cabeças 4, foi possível observar a predominância de fitólitos de gramíneas e de Arecaceae e ocupação em uma faixa cronológica entre 7225 anos AP e 480 anos cal AP. No Sambaqui Casa de Pedra, os tipos de fitólitos indicaram que a vegetação no entorno do sítio na época de sua ocupação era predominantemente aberta, com pouca presença de árvores, com idades 14C-AMS entre 5900-4800 anos cal AP. Nos 3 sítios arqueológicos estudados, localizados em áreas de clima e vegetação diferentes e ocupados em períodos diversos, foi possível reconstituir a vegetação e realizar inferências climáticas, que corroboraram estudos paleoambientais realizados em áreas próximas não antropizadas. Acredita-se que os resultados das análises fitolíticas, associados à geocronologia e dados arqueológicos, possam contribuir para a compreensão da evolução da paisagem natural e cultural das regiões.

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RECONSTITUIÇÃO PALEOAMBIENTAL EM SÍTIOS ARQUEOLÓGICOS ATRAVÉS DA ANÁLISE DE FITÓLITOS: ESTUDOS DE CASO NO BRASIL

  • DOI: 10.22533/at.ed.7322013078

  • Palavras-chave: Sítios Arqueológicos, Fitólitos, Reconstituição Paleoambiental

  • Keywords: Archaeological Sites, Phytoliths, Paleoenvironmental Reconstruction

  • Abstract:

    Phytolith analysis has become an increasingly popular archeobotanical tool in recent decades, especially in corroborating hypotheses related to the domestication of food crops and the study of the ancient diet, in contexts where plant remains are poorly preserved. Several studies have been carried out with phytoliths extracted from archaeological sediments and artifacts, but few, especially in Brazil, aiming to reconstitute the paleoenvironmental conditions of such sites. The aim of this study is to show how phytoliths extracted from archaeological sites can contribute to the paleoenvironmental reconstruction of a given area, using case studies on the Tarioba Shellmound - Rio das Ostras, RJ; Cabeças 4 Site - Serra Negra, MG; and the Casa da Pedra Shellmound - São Francisco do Sul, SC. At the 3 archeological sites studied, phytoliths were well preserved. At the Tarioba Shellmound, phytolith composition analysis indicated that the vegetation surrounding this archaeological site consisted of dry forest around 3890-3530 years cal BP. At the Cabeças 4 Site, it was possible to observe the predominance of grass and Arecaceae phytoliths and occupation between 7225 years BP and 480 years cal BP. At the Casa de Pedra Shellmound, the phytolith types indicated that the vegetation around the site at the time of its occupation was predominantly open, with little presence of trees, with 14C-AMS ages between 5900 and 4800 years cal BP. At the 3 archeological sites, located in areas of different climate and vegetation and occupied in different periods, it was possible to reconstruct the vegetation and make climatic inferences, corroborating paleoenvironmental studies carried out in nearby areas that were not anthropized. It is believed that the results of phytolith analyses, associated with geochronology and archaeological data, can contribute to understanding the evolution of the natural and cultural landscape of the regions.

  • Número de páginas: 15

  • Heloisa Helena Gomes Coe
  • Rosa Cristina Corrêa Luz Souza
  • Marcelo Fagundes
  • Alessandra Mendes Carvalho Vasconcelos
  • Sarah Domingues Fricks Ricardo
  • Dione da Rocha Bandeira
  • Raphaella Rodrigues Dias
  • David Oldack Barcelos Ferreira Machado
  • Karina Ferreira Chueng
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