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capa do ebook RECÉM-NASCIDOS COM MICROCEFALIA ASSOCIADA À INFECÇÃO CONGÊNITA PELO VÍRUS ZIKA: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO NOS ESTADOS BRASILEIROS ENTRE 2012-2016

RECÉM-NASCIDOS COM MICROCEFALIA ASSOCIADA À INFECÇÃO CONGÊNITA PELO VÍRUS ZIKA: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO NOS ESTADOS BRASILEIROS ENTRE 2012-2016

Desde o início de 2015 foram

relatados mais de 8.000 casos suspeitos

de microcefalia no Brasil. Esta doença é

caracterizada por um perímetro cefálico menor

que 32 cm e causa sérios danos morfológicos

e neurológicos não reversíveis. É um distúrbio

que ocorre na fase de proliferação neuronal

durante o 3°‐4° mês da gestação. Algumas

infecções maternas podem levar à microcefalia

congênita como, por exemplo, a infecção da

gestante pelo Zika vírus, toxoplasmose, HIV,

citomegalovírus, sífilis, herpes vírus e rubéola.

Outro fator que pode levar à microcefalia

congênita é o consumo/exposição da gestante

a drogas e substâncias tóxicas além de outras

situações que podem levar à interrupção do

desenvolvimento cerebral, tais como trauma

crânio‐encefálico, isquemia, desnutrição e

deficiência de folato materna, insuficiência

placentária, hipotireoidismo e algumas

síndromes genéticas. As microcefalias em geral

estão associadas com problemas mentais e as

sequelas desta doença variam de acordo com

cada caso. OBJETIVO: O objetivo do estudo

foi testar a associação entre a prevalência

de microcefalia e características do recémnascido

e da mãe entre os estados brasileiros.

MÉTODOS: Foi realizado um estudo ecológico,

utilizando dados secundários dos Estados brasileiros entre os anos de 2012-2016.

Os dados foram importados do DATASUS no formato .dbc e convertidos para .csv,

para serem carregados para a base de dados própria do Laboratório de Computação

Científica (LCC). “Posteriormente, os dados foram normalizados e disponibilizados

através da ferramenta Saiku”, proporcionando diferentes perspectivas e detalhamento

acerca dos dados. Os dados foram tabulados e foi calculada a prevalência de

microcefalia para cada variável: sexo, peso ao nascer e cor/raça da mãe para os anos

de 2012-2016. Aplicaram-se os testes de variância com significancia em 5%, utilizando

o software SPSS. RESULTADOS: Observaram-se maiores médias de prevalência de

microcefalia entre recém-nascidos do sexo feminino (p<0,001) e peso entre 2500 a

3999 gramas (p=0,029). Em relação à cor/raça da mãe, houve diferenças estaticamente

significantes entre as médias de prevalência de microcefalia para todos os anos para

a cor parda quando comparadas a demais, exceto branca. Na análise de tendência,

observou-se um crescimento linear na prevalência de microcefalia em neonatos do

sexo feminino (R2=0,774) quando comparado ao sexo masculino (R2=0,757) no mesmo

período. As diferenças entre os sexos para as médias da prevalência de microcefalia

foram também linearmente crescentes (R2=0,779), oscilando entre 1,12 a 1,63 nos anos

de 2012 a 2016, respectivamente. CONCLUSÃO: Foi possível identificar diferenças

importantes possivelmente relacionadas à maior prevalência de microcefalia entre

os estados brasileiros, principalmente nos anos de 2015 e 2016. Esta identificação

pode contribuir para o planejamento de futuras ações coletivas e proposição de novas

políticas públicas para prevenção das infecções causadas pelo vírus Zika.

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RECÉM-NASCIDOS COM MICROCEFALIA ASSOCIADA À INFECÇÃO CONGÊNITA PELO VÍRUS ZIKA: ESTUDO EPIDEMIOLÓGICO NOS ESTADOS BRASILEIROS ENTRE 2012-2016

  • DOI: 10.22533/at.ed.70919020929

  • Palavras-chave: Microcefalia, Epidemiologia, DATASUS.

  • Keywords: Atena

  • Abstract:

    Atena

  • Número de páginas: 15

  • Rogério Romulo da Silva
  • Marcelo Santana Camacho
  • Aline Coutinho Cavalcanti
  • Ana Cristina Viana Campos
  • Letícia Dias Lima Jedlicka
  • Nilson Antonio Assunção
  • Jacqueline Jacaúna de Oliveira
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