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REATIVAÇÃO DO VÍRUS DA HERPES ZOSTER APÓS VACINAÇÃO CONTRA COVID-19: REVISÃO NARRATIVA DE LITERATURA

Introdução: Com o surgimento e avanço da pandemia da COVID-19, surgiu a necessidade do
desenvolvimento de vacinas, a fim de diminuir o número de hospitalizações e mortes em decorrência
da doença. No entanto, em associação às vacinas aprovadas, surgiram reações adversas, as quais
estão sendo cada vez mais estudadas de forma a aumentar o conhecimento sobre cada uma delas.
Dentro desta perspectiva, uma das possíveis manifestações às vacinas contra a COVID-19 é a
reativação do vírus da Herpes-Zoster, a qual será analisada pelo presente estudo. Objetivo: Avaliar
se há correlação entre a reativação do vírus da Herpes-Zoster após a vacinação contra a COVID-19.
Método: Trata-se de uma Revisão Narrativa de Literatura acrescida de uma Revisão Sistemática de
Casos Publicados, a primeira realizada a partir de informações contidas nas bases PubMed, SciELO
e Google Scholar, publicados entre julho de 1996 e março de 2022 (n=29) e o segundo a partir de
artigos pertencentes ao PubMed, publicados entre fevereiro de 2021 e maio de 2022 (n=26). Artigos
pertencentes a outras modalidades de estudo e que não apresentavam casos relatados foram
excluídos. Além disso, artigos de acesso restrito não foram incluídos. Sendo assim, foram
selecionados 26 artigos, apenas nos idiomas português e inglês, dos quais 47 casos foram
relatados. Dados pertencentes aos mesmos foram postulados em uma tabela, com as seguintes
variáveis a serem analisadas: autor, ano; sexo; idade; vacina recebida; regiões afetadas; dias após
vacinação e dose da vacina. Foram usadas as ferramentas de cálculo estatístico do Excel para os
resultados encontrados. Variáveis contínuas foram apresentadas como média ± desvio padrão e
dados categóricos como porcentagens/valores absolutos. Resultados: A idade encontrada foi de
56,34 ± 19,11, dos quais 57,45% eram do sexo masculino. A maioria (59,57%) dos casos relatados
ocorreram após o uso da vacina da Pfizer. Em seguida, 25,53% dos casos ocorreram após o uso da
vacina AstraZeneca. Ademais, os sintomas surgiram 7,72 ± 6,17 dias após a vacinação e, dos 47
casos estudados, 70,21% estavam relacionados à primeira dose. Apenas a vacina Pfizer apresentou
reações adversas após sua 2ª dose. Quanto às lesões cutâneas associadas à herpes-zoster, as
principais são observadas pela presença de eritemas cutâneos maculopapulares. Por fim, de
maneira geral, a reativação viral é decorrente do declínio do sistema imunológico, mediado por
células. Sabendo disso, a vacinação apresentou-se como mecanismo desencadeador ao provocar
uma diminuição da dose dos linfócitos nos primeiros dias após sua administração. Conclusão:
Tendo em vista que a vacinação contra a COVID-19 tornou-se uma corrida contra o tempo
indispensável para a saúde mundial durante a Pandemia, prevenir e remediar suas possíveis
complicações têm se tornado cada vez mais plausíveis diante de estudos que abordem suas
possíveis reações adversas de forma a alertar grupos de risco.

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REATIVAÇÃO DO VÍRUS DA HERPES ZOSTER APÓS VACINAÇÃO CONTRA COVID-19: REVISÃO NARRATIVA DE LITERATURA

  • DOI: 10.22533/at.ed.14423280315

  • Palavras-chave: COVID-19; Vacina; Reação Adversa; Herpes-Zoster

  • Keywords: COVID-19; Vaccine; Adverse Reaction; Herpes Zoster

  • Abstract:

    Introduction: With the emergence and advancement of the COVID-19 pandemic, the need to
    develop vaccines arose in order to significantly reduce the number of hospitalizations and deaths due

    2

    to the disease. However, in association with the approved vaccines, adverse reactions have arisen,
    which are being increasingly studied in order to enrich knowledge and mastery of each of these
    vaccines. Therefore, within this perspective, one of the possible manifestations of vaccines against
    COVID-19 is the reactivation of the Herpes-Zoster virus, which will be analyzed by the present study.
    Objective: To assess whether there is a correlation between Herpes-Zoster virus reactivation after
    vaccination against COVID-19. Method: This is a Narrative Literature Review plus a Systematic
    Review of Published Cases, the first carried out from information contained in PubMed, SciELO and
    Google Scholar, published between july of 1996 and march of 2022 (n=29) and the second from
    articles belonging to PubMed, published between februrary of 2021 and may of 2022 (n=26). Articles
    belonging to other study modalities and which did not present reported cases were excluded. In
    addition, restricted access articles were not included. Therefore, 26 articles were selected, only in
    Portuguese and English, of which 47 cases were reported. Data belonging to them were postulated in
    a table, with the following variables to be analyzed: author, year; sex; age; vaccine received; affected
    regions; days after vaccination and vaccine dose. Excel statistical calculation tools were used for the
    results found. Continuous variables were presented as mean ± standard deviation and categorical
    data as percentages/absolute values. Results: The age found was 56.34 ± 19.11, of which 57.45%
    were male. The majority (59.57%) of the reported cases occurred after using the Pfizer vaccine.
    Then, 25.53% of the cases occurred after the use of the AstraZeneca vaccine. Furthermore,
    symptoms appeared 7.72 ± 6.17 days after vaccination and, of the 47 cases studied, 70.21% were
    related to the first dose. Only the Pfizer vaccine had adverse reactions after its 2nd dose. As for the
    skin lesions associated with herpes zoster, the main ones are observed by the presence of
    maculopapular cutaneous erythema. Finally, in general, viral reactivation is due to cell-mediated
    decline of the immune system. Knowing this, vaccination was presented as a triggering mechanism
    by causing a decrease in the dose of lymphocytes in the first days after its administration.
    Conclusion: Considering that vaccination against COVID-19 has become an indispensable race
    against time for world health during the Pandemic, preventing and remedying its possible
    complications have become increasingly plausible in face of studies that address their possible
    adverse reactions in order to alert risk groups.

  • Ana Clara Oliver Machado,
  • Lívia Carolina Godoy Rigon,
  • Isadora Hildebrando
  • Renata Sindici Reis Paulo
  • Nadia Candido
  • Bárbara Ferreira Khouri
  • Ana Emilia de Oliveira
  • Francine Milenkovich Belinetti
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