REAÇÃO CUTÂNEA AGUDA POR HIDROXICLOROQUINA EM UMA PACIENTE COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: RELATO DE CASO
A hidroxicloroquina (HCQ) é um
antimalárico amplamente utilizado no tratamento
de várias doenças reumáticas, principalmente
o lúpus eritematoso sistêmico (LES).
Aproximadamente 10% dos pacientes tratados
com HCQ desenvolverão manifestações
cutâneas, que podem se apresentar de variadas
formas (bolhosas,liquenóides, pustulares,
maculopapular). As vezes é difícil estabelecer
se estas erupções cutâneas são atribuídas
ao uso da medicação ou estão relacionadas
com a atividade da doença de base. É preciso
reconhecer e distinguir tais condições para a
condução de maneira adequada. Relata-se o
caso de uma paciente, 31 anos, com diagnóstico
prévio em de lúpus eritematoso sistêmico com
manifestação neurológica (mielite transversa)
que desenvolveu, após 15 dias do início
do tratamento com hidroxicloroquina, uma
erupção cutânea máculo-papular, pruriginosa,
coalescente, com descamação superficial,
acometendo tórax, abdome, membros inferiores,
dorso e membros superiores. Foi proposto
como hipótese inicial, uma erupção cutânea
aguda por atividade do LES. Três dias após a
admissão, a paciente relatava o início recente
da hidroxicloroquina há apenas duas semanas.
Então, foi sugerido a possibilidade do exantema
estar associado ao uso da medicação, sendo
suspenso o antimalárico e realizado biópsia,
confirmando a hipótese de farmacodermia.
Logo nos primeiros dias da interrupção do
fármaco, notou-se melhora progressiva das
lesões de pele.
REAÇÃO CUTÂNEA AGUDA POR HIDROXICLOROQUINA EM UMA PACIENTE COM LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO: RELATO DE CASO
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DOI: 10.22533/at.ed.08520040210
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Palavras-chave: Hidroxicloroquina, Antimaláricos, Farmacodermia, Hipersensibilidade, Reações Adversas Cutânea
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Keywords: Hydroxychloroquine, Antimalarials, Pharmacoderma, Hypersensitivity, Adverse Skin Reactions
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Abstract:
Hydroxychloroquine (HCQ) is
an antimalarial widely used in the treatment of
various rheumatic diseases, especially systemic
lupus erythematosus (SLE). Approximately
10% of patients treated with HCQ will develop
cutaneous manifestations that can come
in many forms (bullous, lichenoid, pustular,
maculopapular). It is sometimes difficult to
establish if these rashes are attributed to medication use or are related to underlying disease activity. These conditions must
be recognized and distinguished for proper driving. We report the case of a 31-yearold female patient with a previously diagnosed neurological manifestation of systemic
lupus erythematosus (transverse myelitis) that developed 15 days after initiation of
treatment with hydroxychloroquine, maculopapular rash pruritic, coalescent, with
superficial desquamation, affecting the thorax, abdomen, lower limbs, back and upper
limbs. The initial hypothesis was an acute rash caused by SLE activity. Three days after
admission, the patient reported the recent onset of hydroxychloroquine just two weeks
ago. Therefore, it was suggested the possibility of rash being associated with the use
of medication, being suspended the antimalarial and performed biopsy, confirming the
hypothesis of pharmacodermia. In the early days of drug discontinuation, progressive
improvement of the skin lesions was noted.
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Número de páginas: 12
- Joslaine Alves Barros