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RACISMO OU IGNORÂNCIA SOCIAL? O(a) negro(a) e a representatividade de submissão

Este relato trata-se de uma experiência vivenciada por uma mulher negra, professora e doutoranda do Programa de Pós Graduação em Antropologia Social, pela Universidade Federal do Amazonas, UFAM. O texto irá descrever um fato que ocorreu em um passeio de barco, a partir de um questionamento feito por uma mulher com estereotipo racializado se eu era “Camelô ou Vendedora”. Minha intenção não é inferiorizar essas profissões, quero chamar atenção para o dispositivo de racialidade, que eficientemente opera nas nossas interações sociais com nossos corpos negros. A pergunta me despertou várias questões: por que uma senhora que não me conhecia vem me abordar com aquelas perguntas. Pretendo trazer algumas reflexões teóricas e metodológica para o caso, que historicamente e socialmente não se trata de um fato isolado, mas sobretudo do quão a sociedade é racista cotidianamente em suas diversas manifestações subjetivas e coletivas. No papel de pesquisadora e sobretudo de mulher negra, trago a discursão, que não se trata de algo inusitado, contudo, deve ter a sua continua reflexão e debate sobre a existência social e cultural do negro nas relações subjetivas e coletivas. percebo que perdi a oportunidade de aprofundar aquela intervenção ao ser ou não daquelas profissões, revertendo o questionamento aquela interlocutora desconhecida. Entender o porquê daquelas perguntas? E como não houvera da minha parte questionamento o relato ficará nas hipóteses, e nos embasamentos das construções históricas da identidade negra no Brasil. Em razão disso este relato de experiência será desenvolvido à luz de discursões teóricas que apoiarão a descrição, fundamentando a interpelação. Buscarei bases teóricas em Sueli Carneiro, Barbara Carine, Conceição Evaristo, Frantz Fanon, Silvio Almeida, Chimanda Ngozi Adiche e outros que me auxiliarão ao entendimento e desenvolvimento da temática aqui em questão: a minha experiência pessoal com o racismo.
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RACISMO OU IGNORÂNCIA SOCIAL? O(a) negro(a) e a representatividade de submissão

  • DOI: ttps://doi.org/10.22533/at.ed.9692517094

  • Palavras-chave: Profissão. Racismo. Identidade.

  • Keywords: Profession. Racism. Identity.

  • Abstract: This account is about an experience lived by a Black woman, a professor and doctoral student in the Graduate Program in Social Anthropology at the Federal University of Amazonas (UFAM). The text will describe an incident that occurred on a boat trip, based on a question posed by a woman with a racialized stereotype: whether I was a "street vendor" or a saleswoman. My intention is not to demean these professions; I want to draw attention to the racial apparatus that effectively operates in our social interactions with our Black bodies. The question raised several questions for me: why would a woman who didn't know me approach me with those questions? I intend to offer some theoretical and empirical reflections on the case, which, historically and socially, is not an isolated incident, but rather, on how society is and becomes racist daily in its various subjective and collective manifestations. As a researcher, I realize I missed the opportunity to delve deeper into that intervention, whether or not those professions are, seeking to understand the reason for those questions. Since I didn't question the account, it will remain hypothetical, which in turn has its historical constructions of Black identity in Brazil. Therefore, this experience report will be discussed in light of theoretical discussions and narratives that help explain the reasons for that questioning. I will seek theoretical foundations in Sueli Carneiro, Barbara Carine, Conceição Evaristo, Frantz Fanon, Silvio Almeida, Chimanda Ngozi Adiche, and others that will help me understand and develop the topic at hand: my personal experience with racism.

  • Liberacy S Oliveira
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