Racismo e violência: a semiótica da dor
A violência é só mais um elemento de coesão para o grande discurso de opressão e desumanização do negro que é repetido há 300 anos no Brasil, um elemento desse discurso hipermodal usado pelas forças de opressão. A semiótica e a análise do discurso nos apresentam ferramentas interessantes para acharmos os verdadeiros autores desse texto, onde a ação da escrita/fala seria do personagem animador, a reunião das palavras/enunciado estaria nas mãos do autor, que estaria simplesmente, como um procurador legal, representando os anseios do agente da hegemonia. Sob essa lógica poderíamos supor que os policiais que atuaram no caso ocorrido em Paraisópolis - 2019 deram forma ao texto escrito pelas mãos do governador sob ordens dos donos do poder (hegemônico), a classe dominante, racista, exploradora e antes (ou ainda) escravocrata.
Racismo e violência: a semiótica da dor
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DOI: 10.22533/at.ed.88521201218
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Palavras-chave: racismo, semiótica, análise do discurso
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Keywords: racism, violence, semiotic
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Abstract:
Violence is just one more element of cohesion for the great discourse of oppression and dehumanization of blacks that has been repeated for 300 years in Brazil, an element of this hypermodal discourse used by the forces of oppression. Semiotics and discourse analysis present us with interesting tools to find the real authors of this text, where the writing/speech action would be of the animating character, the words/utterance meeting would be in the author's hands, who would be simply, as a proxy legal, representing the yearnings of the agent of hegemony. Under this logic, we could assume that the police officers who acted in the case that occurred in Paraisópolis - 2019 shaped the text written by the governor under orders from the (hegemonic) power owners, the ruling class, racist, exploiting and before (or even) slavocratic .
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Número de páginas: 13
- Érico Medeiros Jacobina Aires