RAÇA, GÊNERO E CONDIÇÃO DE CLASSE: OS DESAFIOS DO FEMINISMO NEGRO NO ACESSO AOS DIREITOS REPRODUTIVOS
Este ensaio pretende estabelecer uma análise elucidativa sobre os reflexos das opressões de raça, gênero e condição de classe que repercutem no acesso das mulheres negras aos seus direitos reprodutivos. Partimos do posicionamento de que há uma íntima relação entre o passado escravocrata moderno com o estabelecimento dos estereótipos sociais, históricos e culturais que negam o estabelecimento das mulheres negras como uma sujeita de direitos. Nessa perspectiva, busca-se desvelar a influência do racismo estrutural e sistêmico no negacionismo prático estatal que conota os diplomas legislativos de corte racial a mero teor positivista e os esvaziam de eficiência prática, o que corrobora com as gravosas violações e violências sofridas pelas mulheres negras na busca da sua saúde reprodutiva. Nesse contexto, é construído o pensamento argumentativo sobre o viés Interseccional como à medida que se impõe para uma leitura interconectada dos entraves sociais que estigmatizam/coisificam a figura feminina negra e torna inaplicável a justiça social voltada para estas mulheres. Assim, serão ilustrados os avanços estruturais conduzidos pelo Feminismo Negro sobre uma ótica parametrizada entre interseccionalidade., justiça social e saúde reprodutiva.
RAÇA, GÊNERO E CONDIÇÃO DE CLASSE: OS DESAFIOS DO FEMINISMO NEGRO NO ACESSO AOS DIREITOS REPRODUTIVOS
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DOI: 10.22533/at.ed.1992316033
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Palavras-chave: Direitos Humanos. Feminismo Negro. Direitos Reprodutivos. Interseccionalidade.
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Keywords: Direitos Humanos. Feminismo Negro. Direitos Reprodutivos. Interseccionalidade.
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Abstract:
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- Laura Beatriz Pires
- Paula Cristina Moraes da Silva