Quais os nossos deveres em relação às gerações futuras?
Este ensaio visa responder à
questão do dever sobre as gerações futuras
a partir da condição de ouvinte (acousmata)
sobre a indagação de Gustav Mahler “O que me
dizem as crianças?” (mote do último andamento
da Sinfonia n.º 4, sonante com A Canção
das Crianças Mortas, A Canção da Terra e
a Sinfonia n.º 9, especialmente o primeiro
andamento). Recorrendo à divisão de Boécio
no De Institutione Musica - Musica Mundana,
Musica Humana e Musica Instrumentalis - e
considerando tal mote e interrogação tão pujante
a quaestio crux entre a Musica Mundana e a
Musica Humana, buscamos a origem do éthos
da Musica Universalis a par da condição de
politikoi na Filosofia.
Tentamos, ao mesmo tempo que indagar o éthos
primordial da Música das Esferas, entender o
lugar de nascimento do éthos público.
Quais os nossos deveres em relação às gerações futuras?
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DOI: 10.22533/at.ed.0601904025
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Palavras-chave: Filosofia da Música; Gerações Futuras; éthos Musical; Musica Humana
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Keywords: Philosophy of Music; Future Generations; Musical éthos; Musica Humana
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Abstract:
This essay aims to answer what
are our duties towards future generations
from the condition of listeners (acousmata)
to Gustav Mahler´s query “What do children
tell me?” (motto of the last movement of the
Symphony No. 4, sonant with Songs on the
Dead of Children, The Song of the Earth and
Symphony No. 9, especially the first movement).
Resorting to Boetius´division in De Institutione
Musica - Musica Mundana, Musica Humana
and Musica Instrumentalis - and considering
this motto and such interrogation the quaestio
crux between Musica Mundana and Musica
Humana, we further explore the origin of one
Musica Universalis éthos along with the case of
politikoi in Philosophy.
While asking what is the primordial éthos of the
Music of the Spheres, we pursue to know the
birthplace of the public éthos.
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Número de páginas: 15
- Luís Homem