Propriedade Intelectual e Agricultura na Era da Revolução Técnico-Científica-Informacional
O uso do paradigma da propriedade intelectual é
fundamentado por uma lógica institucionalizada
de controle do saber que gera poder e riqueza
para certos atores sociais e, simultânea e
paradoxalmente, impõe ou agrava a miséria e a
subordinação para outros. Contra condicionantes
jurídico-econômicos e tecnológicos que
limitam capacidades e potencialidades para
o desenvolvimento humano, movimentos
sociais lutam pelo reconhecimento de direitos
ligados à identidade pessoal e formas coletivas
de vida. Neste estudo, que considera o que
entendemos ser um aspecto central para a
compreensão do caso específico da vinculação
entre propriedade intelectual, aprimoramento
de sementes e direitos dos agricultores,
investigamos características e tendências
da agricultura na era da Revolução Técnico-
Científica-Informacional, discutindo progressos,
dilemas e impactos das novas tecnologias nos
modos de vida e exercício da agricultura e da
sociedade em geral. Para tanto, realizamos
levantamento e revisão bibliográfica em
literatura nacional e internacional pertinente.
Os resultados demonstram que apropriações
estratégicas de avanços científicos, tecnológicos
e informacionais numa conjuntura de
reestruturação produtiva do sistema capitalista
favorecem uma tendência de crescente
incorporação de regulamentos de propriedade
intelectual na agricultura nas últimas décadas,
impactando na identidade (individual e coletiva)
de um grande número de agricultores.
Propriedade Intelectual e Agricultura na Era da Revolução Técnico-Científica-Informacional
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DOI: 10.22533/at.ed.44319050721
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Palavras-chave: Agricultura. Revolução Técnico-Científica-Informacional. Regime Internacional de Propriedade Intelectual. Modos coletivos de vida de agricultores.
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Keywords: Atena
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Abstract:
Atena
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Número de páginas: 15
- Aluisio Almeida Schumacher
- GABRIEL CUNHA SALUM