PRODUÇÃO DE BIOGÁS POR MEIO DA CODIGESTÃO DO MEXILHÃO DOURADO ASSOCIADO A DEJETO SUÍNO
Na busca por gerenciamento de resíduos orgânicos, têm-se submetido
coprodutos ao processo de biodigestão anaeróbia. Para este processo foi utilizado
o mexilhão dourado (Limnoperna fortunei). Dessa forma, o objetivo desta pesquisa
foi avaliar o processo de codigestão do mexilhão associado a dejeto suíno, na
busca por um biofertilizante rico em minerais, produção de biogás e um destino
ambientalmente correto para os resíduos orgânicos. Utilizaram-se três
biodigestores. BI: 100 % dejeto suíno, BII: dejeto suíno + 240 g de mexilhão
triturado e BIII: dejeto suíno + 120 g de mexilhão triturado. Os biodigestores foram
monitorados durante 60 dias, levando em consideração a temperatura para ocorrer
a codigestão. Analisou-se o pH, condutividade elétrica (CE), os teores de nitrogênio
total, carbono total e calcio dos resíduos, a massa do biofertilizante e realizou-se o
teste de fitotoxicidade. O pH variou entre 6,88 a 7,24. CE entre 23,7 a 112,2 dS m-
1. Para o carbono total, os valores foram de BI: 77,43%, BII: 62,02% e BIII: 83,83%,
enquanto o teor de nitrogênio total foi de BI: 1,169%, BII: 0,602% e BIII: 1,015%.
Por meio da determinação do cálcio nos biofertilizantes, pôde-se identificar a
quantidade de: 106,33 mg L-1 para BI, 229,03 mg L-1 no BII e 359,90 mg L-1 no BIII.
Os sólidos totais ficaram entre 0,12 a 0,35%, e os sólidos fixos: 16,16 a 37,98%,
sendo a maior teores nos efluentes provenientes da adição de mexilhão. No Teste
de fitotoxicidade o biofertilizante apresentou resultados tóxicos, pois o índice de
germinação foi menor, conforme a concentração de biofertilizante foi aumentando.
A produção do biogás pelo sistema de biodigestão é uma alternativa viável para
destinação dos resíduos orgânicos e uma alternativa para produção de energia,
uma vez que a produção de biogás com adição de mexilhão dourado foi
satisfatória, com produção superior ao biodigestor com 100% dejeto suíno.
PRODUÇÃO DE BIOGÁS POR MEIO DA CODIGESTÃO DO MEXILHÃO DOURADO ASSOCIADO A DEJETO SUÍNO
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DOI: Atena
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Palavras-chave: digestão anaeróbia, Efluente, Limnoperma fortunei, Rúcula.
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Keywords: Biodigester, waste swine, Effluent, Golden Mussel, Arugula.
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Abstract:
In the search for adequate management of organic waste, the coproducts
have been inserted alongside the biodigesters, a practice called
codigestion. For this process the golden mussel (Limnoperna fortunei) was used.
Thus, the objective of this research was to evaluate the process of codigestión of
the mussel associated with swine, in the search for a biofertilizer rich in minerals,
biogas production and an environmentally correct destination. Three biodigesters
were used. BI: 100% swine, BII: swine manure + 240g of crushed mussel and BIII:
swine manure + 120g of crushed mussel. The biodigesters were monitored for 60
days, taking into account the temperature for codigestión to occur. The pH, EC, the
N, C, Ca contents of the residues, the biofertilizer mass and the Phytotoxicity test
were analyzed. The pH ranged from 6.88 to 7.24. CE varied from 23.7 to 112.2 dS
m-1 for C, the values were BI: 77.43%, BII: 62.02% and BIII: 83.83%, the
percentage of N was BI: 1.169%, BII: 0.602% and BIII: 1.015%. The determination
of calcium (Ca) in biofertilizers allowed us to identify the amount of: 106.33 mg L-1
for BI, 229.03 mg L-1 on BII and 359.90 mg L-1 on BIII. The total solids were
between 0.12 to 0.35%, and the fixed solids: 16.16 to 37.98%, being the highest
percentage in those effluents from the addition of mussels. In the Phytotoxicity Test,
the biofertilizer presented toxic results, as the germination index was lower as the
biofertilizer concentration increased. The biogas production by the biodigestion
system is a viable alternative for waste disposal and an alternative for energy
production, since the production of biogas with the addition of golden mussel was
satisfactory, with a production superior to the biodigester with 100% swine.
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Número de páginas: 15
- Clayra Rodrigues de Sousa Monte Araujo