Após a crise econômica e

política de 2001-2002, a Argentina passou

a experimentar um novo modelo de

desenvolvimento marcado por uma maior

intervenção do Estado na economia, a fim de

alcançar um maior equilíbrio da sociedade.

Sob este novo modelo, o planejamento

territorial foi retomado como uma política

nacional e promovido aos governos provinciais

e municipais. A primeira ferramenta operacional

implementada foi o Plano Estratégico Territorial,

que propunha uma visão territorial e um conjunto

de programas, projetos e ações territoriais a

serem desenvolvidos concomitantemente por

todos os níveis do Estado. Para este fim, o

Conselho Federal de Planejamento foi formado

e, a partir daí diferentes províncias começaram

a planejar seus territórios. Posteriormente, a

fim de determinar a concretização do processo,

este Conselho elaborou e concordou com um

anteprojeto da Lei de Ordenamento Territorial que

ainda permanece sem tratamento parlamentar.

O presente trabalho apresenta avanços de um

projeto de pesquisa que se pretende constituir,

dentre outros objetivos, em um escopo de

análise destes processos. O artigo avança no

referencial teórico-metodológico da pesquisa

e em uma análise preliminar dessa política

nacional e seu impacto em uma das províncias

do Nordeste argentino (Chaco).