PROCESSOS DE LEITURA E ESCRITA: MOVIMENTOS DE INVENÇÃO PARA PENSAR A EDUCAÇÃO E PESQUISAS OUTRAS
Esta escrita esboça as experimentações realizadas na produção de pesquisas no campo da educação, onde procuramos pensar sobre os processos de leitura e escrita a partir de autores como Deleuze (2013); Deleuze e Guattari (2008, 1995a, 1995b); Larrosa (2010); Skliar (2014, 2010); Barthes (2012, 2007a, 2007b) e sobre os movimentos de invenção a partir de Kastrup (2001) ao olhar para uma investigação que intenta lançar mais problematizações do que soluções, que trabalha com questões minoritárias, que aventura-se na proliferação de sentidos ao fazer os desvios inesperados comporem a materialidade de estudo, ao tratar de uma pesquisa em meio à vida. Nesse sentido, apresentamos como problemática de que modos produzir pesquisa em educação a partir dos processos de leituras e escritas movimentados pela invenção? Para mapear esses percursos escolhemos o método da cartografia (KASTRUP, 2015) que nos ajudou a compartilhar sobre as escolhas por determinadas materialidades, e algumas experiências com as mesmas. Assim, observamos que chegamos à escrita e à leitura quando expandimos o instante, quando reparamos no ínfimo e para o que ainda não foi nomeado, quando capturamos palavras rejeitadas e passamos a dispô-las de forma diferente, quando fazemos a vida transbordar e vazar entre as palavras, quando diluímos e suplantamos o nosso ‘eu’, quando abrimo-nos aos afetos, aos fluxos de intensidades e aos devires, quando povoamos as linhas com convites à pausa, ao suspiro, ao gemido, ao sorriso e à aproximação de outras linhas.
PROCESSOS DE LEITURA E ESCRITA: MOVIMENTOS DE INVENÇÃO PARA PENSAR A EDUCAÇÃO E PESQUISAS OUTRAS
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DOI: 10.22533/at.ed.3062013026
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Palavras-chave: leitura; escrita; pesquisas em educação e artes; cartografia
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Keywords: reading; writing; research in Education and Arts; cartography
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Abstract:
This writing sketches experimentations in the production of research in the field of Education, where we seek to think about reading and writing processes through authors such as Deleuze (2013); Deleuze and Guattari (2008, 1995a, 1995b); Larrosa (2010); Skliar (2014, 2010); Barthes (2012, 2007a, 2007b) and movements of invention by Kastrup (2001) when looking at an investigation that aims at more problematizations than solutions, dealing with minority issues in the proliferation of meanings by making unexpected deviations constitute the materiality of study in a research within life. In this sense, we present as problematic: what ways can research in Education be produced by means of reading and writing processes moved by invention? To map these paths, we chose the cartographic method (KASTRUP, 2015) which has helped us to share our choices of certain materialities and some experiences with them. Thus, we come to reading and writing when we expand the instant, when we notice the minimal and what still has not been named, when we capture rejected words and rearrange them, when we make life overfill and burst amongst words, when we dilute and reorganize the ‘self’, when we open ourselves to affection, to flows of intensities and becomings, when we inhabit lines with an invitation to pause, sigh, groan, smile and approximation to other lines.
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Número de páginas: 15
- Angélica Neuscharank
- Vivien Kelling Cardonetti
- Ana Cláudia Barin