Succinoglucana é um exopolissacarídeo bacteriano com propriedades tecnológicas promissoras para indústria alimentícia, química e farmacêutica, entretanto, seu uso ainda é restrito devido sua baixa produtividade. Nesta revisão foi abordado as características das succinoglucanas e apresentado um estudo comparativo entre succinoglucanas obtidas por quatro diferentes fontes de carbono biossustentáveis: casca de arroz, xarope de tâmara, melaço de cana-de-açúcar e de beterraba, avaliando a capacidade de bioconversão do substrato, a estrutura química da molécula e seu perfil reológico. Dentre os processos tecnológicos biossustentáveis, o emprego da casca de arroz hidrolisada possibilitou a maior produção de 69,0 g/L de succinoglucana. Em relação as propriedades reológicas, o xarope de tâmara favoreceu a produção de uma succinoglucana de alta viscosidade, devido à alta massa molecular e índice de consistência (k). Para todas as succinoglucanas analisadas, o FTIR apresentou espectros com bandas típicas e similares as já estudadas, e o RMN possibilitou a identificação dos grupos não sacarídeos como o succinato, acetato e piruvato. Com o resultado deste estudo comparativo é possível alegar que a escolha da fonte de carbono e as condições operacionais do processo fermentativo influenciam nas características finais das succinoglucanas, tornando-as ideais ou não para aplicação em processos industriais. Desta forma, encontrar novas fontes de carbono biossustentáveis para produção destas biomoléculas é um desafio. O sucesso no desenvolvimento de um novo método biossustentável pode tornar viável a sua industrialização, por reduzir o custo produtivo e possibilitar a obtenção de novas moléculas com características reológicas mais adequadas. Além disso, a reutilização de resíduos industriais estimula a síntese verde e impacta positivamente na preservação do meio ambiente.