PROBLEMATIZANDO AS RELAÇÕES DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM OLHAR SOBRE AS CONCEPÇÕES DAS PROFESSORAS
Este relato de experiência investigou
a visão das profissionais da Educação Infantil
sobre o tema gênero, tendo em vista que a
maioria dessas, na prática, não dialoga sobre
esse assunto. O objetivo foi refletir o que pensam
as docentes e demais envolvidas na educação
de crianças de zero a três anos e compreender
o que, para elas, significa ser menino e ser
menina, pensando nas suas vivências para
que, assim, possam colaborar com mudanças
na instituição de Educação Infantil. Para tanto,
elaboramos algumas atividades propositivas
com o intuito de introduzir e discutir o tema com
as profissionais que trabalham em um Centro
Municipal de Educação Infantil de Varginha/MG,
permitindo que a palavra circulasse e que todas
se expressassem. As atividades contemplam
dois momentos: caixa com afirmativas, baseada
na caixa de pandora, uma palestra dialogada
em discussão da temática e breve análise das
infâncias e vivências das docentes e, também,
de suas práticas pedagógicas. Notamos
que muitas profissionais agem promovendo
exclusão ou dicotomização de gênero, muitas
vezes, de forma inconsciente. Após a realização
das reflexões muitas, ainda, utilizaram discursos
incoerentes relacionando gênero a uma
ideologia e envolvendo questões religiosas.
Entretanto, algumas foram tocadas, no sentido
de Jorge Larrosa (2002), permitindo que as
questões as sensibilizassem, demonstrando
abertura ao diálogo e dispostas a transformar a
prática pedagógica. Ainda assim, é necessário
investir em formação inicial e continuada de
toda a equipe educativa para transformação
de concepção e, principalmente, da práxis nos
processos educativos.
PROBLEMATIZANDO AS RELAÇÕES DE GÊNERO NA EDUCAÇÃO INFANTIL: UM OLHAR SOBRE AS CONCEPÇÕES DAS PROFESSORAS
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DOI: 10.22533/at.ed.63419100728
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Palavras-chave: Gênero. Educação Infantil. Discursos.
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Keywords: Gender. Childhood Education. Speeches.
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Abstract:
This report of experience
investigated the professionals’ vision of the
Early Childhood Education on the theme
gender, considering that the majority of these,
in practice, do not dialogue on this subject. The
objective was to reflect what teachers thinking
and others involved in the education of children
from zero to three years of age and understand
what it means for them to be a boy and to be a
girl, thinking about their experiences so that they
can collaborate with changes in the institution
of Early Childhood Education. For that, we
elaborated some propositional activities with
the intention of introducing and discussing the theme with the professionals that work
in a Municipal Center of Early Childhood Education of Varginha - MG, allowing the
speech circulate and that everybody express themselves. The activities contemplate
two moments: box with affirmations, based on Pandora’s box, a dialogue-lecture on the
subject and a brief analysis of the teachers’ childhoods and experiences and also of
their pedagogical practices. We note that many professionals act by promoting gender
exclusion or dichotomization, often unconsciously. After realization reflections, many
teachers still, used incoherent discourses relating gender to an ideology and involving
religious questions. However, some teachers were touched, in the sense of Jorge
Larrosa (2002), allowing the issues to sensitize them, showing openness to dialogue
and willing to transform pedagogical practice. Even so, it is necessary to invest in initial
and continuous training of the entire educational team for transformation of conception
and, mainly, of praxis in educational processes.
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Número de páginas: 15
- Adriana Cristina de Oliveira
- Kátia Batista Martins