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capa do ebook Prevalência de microrganismos em infecções odontogênicas e os perfis de resistência aos antimicrobianos: uma revisão.

Prevalência de microrganismos em infecções odontogênicas e os perfis de resistência aos antimicrobianos: uma revisão.

As infecções odontogênicas são originadas dos tecidos dentais e podem se disseminar para outros sítios anatômicos, podendo tornar-se complexas com comprometimento das vias aéreas, sepse, necrose tecidual, endocardite, mediastinite e infecções profundas do pescoço, podendo ser potencialmente fatais. Em geral, essas infecções têm caráter polimicrobiano, e os patógenos tradicionalmente apontados como agentes etiológicos são as bactérias dos gêneros Streptococcus (especialmente Streptococcus viridans, Streptococcus anginosus, Streptococcus mitis), Peptostreptococci, Prevotella e Fusobacterium. No entanto, diversos indícios têm sugerido outras espécies como patógenos emergentes. O objetivo desta pesquisa é realizar uma revisão da prevalência e perfis de resistência de patógenos envolvidos em infecções odontogênicas. A busca foi realizada nas bases de dados PubMed, sendo analisados artigos em língua inglesa e os descritores utilizados foram: “odontogenic infections”, “antibiogram” e “antimicrobial resistance”. Foram incluídos artigos que realizaram o isolamento e a determinação da resistência/sensibilidade aos antimicrobianos dos agentes etiológicos isolados. Como esperado, a análise dos 13 artigos incluídos nesta revisão revelou que espécies do gênero Streptococcus configuraram como as mais predominantemente em 9 artigos. Todavia, foi possível observar que outros gêneros têm ganhado destaque como Staphylococcus, tendo sido apontado dentre os predominantes em 4 artigos, mesmo resultado para Prevotella. Os gêneros Enterococcus e Fusobacterium foram destacados em dois artigos. Outros gêneros citados entre os predominantes em pelo menos um artigo foram: Actinomyces, Bacteroides, Clostridium, Lactococcus, Peptostreptococcus, Propionibacterium e Nesseria. Em relação à resistência aos antimicrobianos, as drogas mais apontadas com menores eficácias foram Penicilina (5 artigos) e Clindamicina (4 artigos), seguidas por amoxicilina (3 artigos), ampicilina e eritromicina (2 artigos para ambas). É válido ressaltar que em alguns artigos foi demonstrado um elevado grau de resistência para os patógenos considerados como emergentes. Tomados em conjunto, os dados reunidos neste artigo apontam a complexidade da microbiota envolvida na patogênese das infecções odontogênicas e a crescente evolução de resistência observada nestas espécies. Estas informações são importantes para auxiliar os profissionais da odontologia na prevenção e manejo dessas infecções, além de ressaltar a importância do uso racional de fármacos. 

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Prevalência de microrganismos em infecções odontogênicas e os perfis de resistência aos antimicrobianos: uma revisão.

  • DOI: 10.22533/at.ed.5372218022

  • Palavras-chave: Patógenos orais; Estreptococos, Estafilococcus.

  • Keywords: Oral pathogens; Streptococci, Staphylococci

  • Abstract:

    Odontogenic infections are originate from dental tissues and can spread to other anatomical sites. They are classified as complex with involvement of the airways, sepsis, tissue necrosis, endocarditis, mediastinitis and deep neck infections, which can be potentially fatal. In general, these infections are polymicrobial in nature, and the pathogens traditionally identified as etiological agents are bacteria of the Streptococcus genera (especially Streptococcus viridans, Streptococcus anginosus, Streptococcus mitis), Peptostreptococci, Prevotella and Fusobacterium. However, several evidences have suggested other species as emerging pathogens. The aim of this research is to review the prevalence and resistance profiles of pathogens involved in odontogenic infections. The search was carried out in the PubMed databases, with articles in English being analyzed and the descriptors used were: “odontogenic infections”, “antibiogram” and “antimicrobial resistance”. Articles that performed the isolation and determination of resistance/sensitivity to antimicrobial agents of the isolated etiological agents were included. As expected, the analysis of the 13 articles included in this review revealed that Streptococcus species were the most predominant in 9 articles. However, it was possible to observe that other genera have gained prominence such as Staphylococcus, having been pointed out among the predominant ones in 4 articles, the same result for Prevotella. The Enterococcus and Fusobacterium genera were highlighted in two articles. Other genera cited among the predominant ones in at least one article were: Actinomyces, Bacteroides, Clostridium, Lactococcus, Peptostreptococcus, Propionibacterium and Nesseria. Regarding antimicrobial resistance, the drugs most frequently mentioned with the lowest efficacy were Penicillin (5 articles) and Clindamycin (4 articles), followed by amoxicillin (3 articles), ampicillin and erythromycin (2 articles for both). It is worth noting that in some articles a high degree of resistance to pathogens considered to be emerging was demonstrated. Taken together, the data gathered in this article point to the complexity of the microbiota involved in the pathogenesis of odontogenic infections and the increasing evolution of resistance observed in these species. This information is important to help dentistry professionals in the prevention and management of these infections, in addition to highlighting the importance of the rational use of drugs.

  • Número de páginas: 14

  • Lizandra Maria Ferreira Almeida
  • Maria Eduarda Lima Martins
  • José Manuel Noguera Bazán
  • Erika Alves da Fonseca Amorim
  • Tatiany Gomes Ferreira Fernandes
  • Cícero Newton Lemos Felício Agostinho
  • Lívia Câmara de Carvalho Galvão
  • Adrielle Zagmignan
  • Luís Claudio Nascimento da Silva
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