PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO PARA DEMÊNCIA E A ASSOCIAÇÃO COM ALTERAÇÕES COGNITIVAS EM UMA POPULAÇÃO DE IDOSOS DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE LONDRINA
O número de idosos está aumentando globalmente, incluindo aqueles que vivem com demência. A demência é atualmente a sétima principal causa de morte em todo o mundo e uma das principais causas de incapacidade e dependência entre idosos. A atualização de 2020 da Comissão Lancet sobre prevenção e cuidados de demência destaca evidência para 12 fatores de risco modificáveis, sugerindo que até 40% dos casos de demência poderiam ser prevenidos ou atrasados se eliminada a exposição a tais fatores. Diante do aumento da população de idosos e dos casos de demência, entende-se que ações preventivas com foco nos fatores de risco modificáveis e detecção precoce dos casos de demência são necessários. A metodologia foi baseada no estudo transversal, quantitativo e descritivo. Foi realizada triagem cognitiva em pacientes a partir de 60 anos de uma área do território de uma Unidade Básica de Saúde de Londrina, por meio do Mini Exame do Estado Mental (MEEM) e pesquisa de 12 (doze) fatores de risco para demência a partir de um questionário previamente elaborado, com questões acerca de: escolaridade, hipertensão, deficiência auditiva, tabagismo, obesidade, depressão, inatividade física, diabetes, isolamento social, consumo excessivo de álcool, traumatismo craniano e exposição à poluição. As entrevistas foram realizadas no período de agosto a outubro de 2022. Foram selecionados 133 indivíduos e efetivadas 73 entrevistas. Os critérios de exclusão foram: idosos acamados, com mobilidade comprometida e com incapacidade de comunicação compreensível. A análise estatística foi feita com auxílio do programa SPSS, por meio de testes qui-quadrado de Pearson a um nível de significância de 5%. Compreende-se dos resultados que o presente estudo identificou associação significativa entre MEEM alterado e escolaridade, com p-valor de 0,016. Dos pacientes analfabetos, 47,6% apresentaram alteração no MEEM. Entre os indivíduos com escolaridade de 1 a 4 anos, 82,8% apresentaram MEEM alterado. Conclui-se que alterações cognitivas podem se associar à escolaridade, como evidenciado em outros estudos. Contudo, deve-se considerar a necessidade de mais estudos acerca dos instrumentos de avaliação cognitiva, visto que a baixa escolaridade pode influenciar seus resultados, a fim de evitar erros diagnósticos. Além disso, faz-se necessário seguimento das pesquisas científicas na Atenção Primária à Saúde, com enfoque nos fatores de risco para demência, visto que medidas de prevenção podem reduzir seu risco.
PREVALÊNCIA DE FATORES DE RISCO PARA DEMÊNCIA E A ASSOCIAÇÃO COM ALTERAÇÕES COGNITIVAS EM UMA POPULAÇÃO DE IDOSOS DE UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DE LONDRINA
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DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.3082412086
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Palavras-chave: Demência. Idosos. Baixa escolaridade.
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Keywords: -
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Abstract: -
- Rafaela Lopes Fonseca
- Beatriz Zampar
- Lindsey Mitie Nakakogue
- Alice de Souza Losekann
- Amanda Vieira Montrezol
- Adrielle Mortene da Silva
- Dyohanna Storm
- Henrique Dallabona Kauka
- Eduarda Galvan Martini
- Pedro Henrique Aniceto Silva
- Yunes Ahmed Kohatsu Geha
- Gabriela Hyppolito dos Santos