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Presença de Autoanticorpos em Pacientes Internados por Covid-19 em um Hospital Universitário

Introdução: A infecção causada pelo SARS-CoV-2, o membro de maior patogenicidade da família dos coronavírus, provoca impactos significativos na saúde dos indivíduos afetados pela doença, e os autoanticorpos parecem estar envolvidos na gravidade da doença. Objetivos: Nesse estudo foi realizada uma análise quanto a presença de autoanticorpos, por meio de imunofluorescência indireta, em pacientes internados com diagnóstico de Covid-19 durante o ano de 2021 em um hospital de alta complexidade, localizado no Oeste do Paraná. Métodos: Trata-se de um estudo transversal, descritivo e não controlado realizado por meio de revisão de prontuários e análise sorológica de pacientes. O projeto foi submetido e aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) sob parecer de número 4.517.274. Os autoanticorpos foram determinados utilizando o teste de anticorpos antinucleares (ANA). Foram utilizadas células HEp-2 e a reatividade lida por imunofluorescência indireta. Os dados dos prontuários (sexo, idade, tempo de internamento) dos pacientes foram catalogados em planilha específica Resultados: Ao total foram analisadas 52 amostras de pacientes internados (26 pacientes) nas alas de isolamento para Covid-19 do hospital. Dentre os pacientes analisados, metade foi do sexo feminino (p>0,05) com idade média de 59,92±18,66 anos (p>0,05). Quanto ao tempo de internamento, a maioria (73.08%) permaneceu menos de 30 dias no hospital (p=0,019), sendo que 8 (30,77%) evoluíram a óbito (p=0,049). Das amostras analisadas 3 foram positivas para ANA, sendo duas da mesma paciente, uma coletada na admissão e outra 5 dias após (p<0,0001). Conclusão: A análise dos autoanticorpos antinucleares (ANA) revelou uma baixa incidência, com apenas 3 amostras positivas, diferindo de outros estudos que encontraram quantidades superiores. A detecção de autoanticorpos em pacientes recuperados destaca a importância da compreensão dos mecanismos imunológicos e a necessidade de investigações adicionais para orientar estratégias terapêuticas futuras.
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Presença de Autoanticorpos em Pacientes Internados por Covid-19 em um Hospital Universitário

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.94724191119

  • Palavras-chave: SARS-Cov, autoimunidade, anticorpos antinucleares (ANA).

  • Keywords: SARS-Cov, autoimmunity, antinuclear antibodies

  • Abstract: Introduction: The infection caused by severe acute respiratory syndrome coronavirus 2 (SARS-CoV-2), the most pathogenic member of the coronavirus family, significantly impacts the health of individuals affected by the disease, and autoantibodies are involved in the severity of the disease. Objectives: In this study, indirect immunofluorescence analysis of the presence of autoantibodies in patients admitted with a diagnosis of COVID-19 during 2021 at a highly complex hospital located in Western Paraná was carried out. Methods: This was a cross-sectional, descriptive and uncontrolled study carried out through a review of medical records and serological analysis of patients. The project was submitted and approved by the Ethics and Research Committee on Human Beings of the State University of Western Paraná (UNIOESTE) under opinion number 4,517,274. The presence of autoantibodies was determined using the antinuclear antibody (ANA) test. HEp-2 cells were used, and reactivity was assessed by indirect immunofluorescence. Data from the patients' medical records (gender, age, length of stay) were cataloged in a specific spreadsheet. Results: In total, 52 samples from patients admitted (26 patients) to the hospital's COVID-19 isolation wards were analyzed. Among the patients analyzed, half were female (p>0.05), with a mean age of 59.92±18.66 years (p>0.05). Regarding length of stay, the majority (73.08%) spent less than 30 days in the hospital (p=0.019), with 8 (30.77%) dying (p=0.049). Of the samples analyzed, 3 were positive for ANA, two were from the same patient, one was collected on admission, and the other was collected 5 days later (p<0.0001). Conclusion: The analysis of antinuclear autoantibodies (ANAs) revealed a low incidence, with only 3 positive samples, differing from other studies that found higher quantities. The detection of autoantibodies in recovered patients highlights the importance of understanding immunological mechanisms and the need for additional investigations to guide future therapeutic strategies.

  • Milena Despessiani Kunz
  • Janaina Fatima da Roza Cunha
  • Alex Sandro Jorge
  • Rafael Andrade Menolli
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