O uso do CPAP não deve ser visto como uma tarefa simples ou de resultado imediato. Trata-se de uma terapia que exige cuidados específicos, acompanhamento e individualização. A utilização inadequada do equipamento, seja por pressões incorretas ou pela escolha inapropriada da máscara, pode gerar complicações, como o surgimento de apneias emergentes do sono, insônia, fragmentação do sono e aumento da sonolência diurna. Esses fatores comprometem a adesão e a eficácia do tratamento, especialmente quando a primeira experiência do paciente é negativa. A adesão à terapia com pressão positiva nas vias aéreas (PAP) é influenciada por múltiplos fatores. Entre eles estão a fisiopatologia da apneia do sono, as características individuais do paciente, a titulação correta da pressão, a seleção adequada do dispositivo, a escolha da interface nasal e as condições psicossociais e econômicas. Todos esses elementos devem ser orientados por um acompanhamento clínico especializado. Nesse contexto, o fisioterapeuta com formação em distúrbios do sono destaca-se como um dos profissionais mais qualificados para orientar o paciente quanto ao uso e aos benefícios da terapia. O acompanhamento contínuo é essencial para garantir bons resultados e pode ser otimizado pelo uso de tecnologias de telemonitoramento, que permitem ajustar parâmetros e oferecer suporte remoto, favorecendo uma adesão mais rápida e eficaz ao tratamento com CPAP.