PRÁTICAS PREVENTIVAS E PERCEPÇÃO DE VULNERABILIDADE AO HIV/AIDS DE ADULTOS JOVENS EM RELACIONAMENTO AFETIVO
As crenças em torno do relacionarse
afetivo-sexualmente, guiadas pelos ideais do
amor romântico, têm implicações negativas na
vulnerabilidade ao HIV. Objetivou-se investigar
as práticas preventivas e a percepção de
vulnerabilidade ao HIV de adultos jovens em
relacionamento afetivo. Participaram 400
adultos jovens entre 20 e 29 anos, sendo 200 de
cada sexo. O instrumento utilizado tratou-se de
um questionário semi-estruturado com questões
objetivas e subjetivas versando sobre práticas
preventivas e percepção de vulnerabilidade ao
HIV. As respostas foram analisadas através de
estatísticas descritivas, inferenciais e análise
de conteúdo. Quanto às práticas preventivas,
a maioria dos participantes (62%) alegou não
ter feito uso do preservativo na última relação
sexual com o seu parceiro(a) afetivo, 32%
alegou usar o preservativo apenas às vezes
e 29% disseram ter usado apenas no início
do relacionamento afetivo. No que se refere à
autopercepção de vulnerabilidade, a maioria
(45%) assinalou não possuir nenhum risco de
contrair o vírus HIV, demonstrando percepção
de invulnerabilidade frente ao vírus. As mulheres
se perceberam como mais vulneráveis ao HIV
do que os homens. Entretanto, em relação aos
amigos, apenas 10% disseram que estes não
possuíam nenhuma chance de contrair HIV,
denotando a transferência do risco ao outro,
ou seja, a percepção de vulnerabilidade ao HIV
dos amigos maior do que a autopercepção.
Alicerçados no ideal do amor romântico, na
confiança e na percepção de invulnerabilidade,
verifica-se a não aceitação do uso do
preservativo dentro do relacionamento afetivo,
o que leva a situações mais acentuadas de vulnerabilidade ao HIV/Aids.
PRÁTICAS PREVENTIVAS E PERCEPÇÃO DE VULNERABILIDADE AO HIV/AIDS DE ADULTOS JOVENS EM RELACIONAMENTO AFETIVO
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DOI: 10.22533/at.ed.38119150217
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Palavras-chave: adulto jovem, prevenção, percepção de vulnerabilidade, HIV/ Aids.
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Keywords: Young adult, Prevention, Vulnerability Perception, HIV/Aids.
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Abstract:
The beliefs around sexual and affective relationship, oriented by ideals
of romantic love, have negative implications on vulnerability to HIV. This chapter
investigates preventive practices and the perception of HIV vulnerability by young
adults in affective relationship. 400 young adults between 20 and 29 years (200 of each
sex) have participated in the research. The instrument used was a semi-structured
questionnaire with objective and subjective questions relating to preventive practices
and vulnerability perception to the HIV. The answers were analyzed through descriptive
and inferential statistics and content analysis. In the preventive practices category,
most of the participants (62%) answered not to have made use of the condom in the last
sexual relationship with their affectionate partner, 32% answered to use the condom
only sometimes and 29% said they had used only at the beginning of the affective
relationship. About the self-perception of vulnerability, the majority (45%) pointed out
that there was no risk of contracting the HIV virus, demonstrating a perception of
invulnerability in the face of the virus. Women perceived themselves as more vulnerable
to HIV than men. However, in relation to friends, only 10% said that they had no chance
of contracting HIV, denoting the transfer of risk to the other, that is, the perception
of vulnerability to HIV of friends greater than self-perception. Based on the ideal of
romantic love, confidence and the perception of invulnerability, it is verified the nonacceptance
of the use of condoms within the affective relationship, which leads to more
intense situations of vulnerability to HIV/Aids.
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Número de páginas: 15
- ELÍS AMANDA ATANAZIO SILVA
- AMANDA TRAJANO BATISTA
- JULIANA LINS DE ALBUQUERQUE
- IRIA RAQUEL BORGES WIESE
- LIDIANNY DO NASCIMENTO GONÇALVES BRAGA
- ANA ALAYDE WERBA SALDANHA
- ELÍS AMANDA ATANÁZIO DA SILVA