Trata-se de uma pesquisa dedicada às práticas políticas docentes que, em meio aos cotidianos escolares, tecem e cartografam a existência de diferentes processos de formações continuadas que acontecem no chão das escolas públicas municipais (Guarapari-ES), potencializando aprendizagens que produzem sentidos e significados nas suas diferentes redes de saberes fazeres. Problematiza com Alves (2000, 2010), Carvalho (2004, 2009, 2012), Certeau (2011) e Ferraço (2008, 2017) os múltiplos contextos e complexidades que perpassam o “fazer com” dos sujeitos praticantes nos processos formativos que legitimam-se por meio de uma rede de conversações na qual ecoam as vozes desses sujeitos, isto é, dos professores e das professoras da rede municipal de ensino. Apresenta aportes teórico-metodológicos pautados nas pesquisas com os cotidianos que impulsionam reflexões a respeito das teorias e das práticas didáticas que se coengendram nos entremeios dos processos formativos. Defende que os processos formativos constituídos na esfera micro são abertos e movediços, atravessando com intensidade o entrelugar de uma proposta de formação municipal que tem como objetivo a defesa de pensar a educação a partir das práticas políticas docentes emancipatórias do viver ser professor, pulsando vidas e resistindo ao instituído.