A viticultura desempenha um papel crucial na produção mundial de frutas, com uma área significativa dedicada ao cultivo de videiras e uma produção robusta de uvas destinadas ao vinho, mesa e passas. A vitivinicultura não só influencia positivamente a economia agrícola, mas também promove a sustentabilidade das pequenas propriedades rurais, especialmente na agricultura familiar. O uso de porta-enxertos é uma prática essencial na viticultura moderna, especialmente devido à necessidade de resistência a pragas como a filoxera (Daktulosphaira vitifoliae). Além de proteger as videiras contra pragas, os porta-enxertos podem melhorar o vigor das plantas, a resistência a doenças e a tolerância a condições adversas do solo. A escolha do porta-enxerto adequado depende das condições edafoclimáticas e da compatibilidade com a cultivar copa, influenciando diretamente a produtividade e a qualidade das uvas. Porta-enxertos bem escolhidos podem resultar em maiores rendimentos, melhor qualidade dos frutos e maior longevidade dos vinhedos. Além dos porta-enxertos, os sistemas de condução das videiras são determinantes para o sucesso da produção vitícola. O sistema de espaldeira tradicional é o mais utilizado no Brasil, porém, a espaldeira alta tem demonstrado resultados superiores em termos de produção e qualidade das uvas. A espaldeira alta aumenta a taxa fotossintética das plantas, o que se reflete em um maior acúmulo de carboidratos nas bagas e, consequentemente, um maior teor de açúcar nos frutos. Esse sistema também melhora a circulação de ar e a exposição à luz solar, reduzindo a incidência de doenças e promovendo a maturação uniforme das uvas. Além disso, a espaldeira alta pode facilitar as práticas de manejo e colheita, contribuindo para a eficiência operacional nos vinhedos. Este capítulo aborda a importância dos porta-enxertos e da espaldeira alta na viticultura brasileira, destacando os benefícios dessas práticas para a produção e qualidade das uvas.