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capa do ebook POR UMA POLÍTICA CONTRA-HEGEMÔNICA DOS SERES ABJETOS EM BUTLER: UMA NOÇÃO INTERCULTURAL DE DIREITOS HUMANOS

POR UMA POLÍTICA CONTRA-HEGEMÔNICA DOS SERES ABJETOS EM BUTLER: UMA NOÇÃO INTERCULTURAL DE DIREITOS HUMANOS

A reflexão realizada acerca do

que se entende por gênero pressupõe uma

construção social e cultural em torno dos

sujeitos corporificados por ela, na medida em

que não há um critério estático e uníssono

no pertencimento do sujeito em torno de uma

identidade específica, ou melhor, a subjetividade

humana eivada de singularidades traduz uma

reconstrução infindável de sujeitos que o próprio

rigor normativo sentiu-se incapaz de padronizar

em seus domínios. Sendo assim, pessoas que

se destoam do binarismo biológico, tendem a

ser consideradas abjetas, a se situarem fora

dos preceitos legais de um Estado acolhedor

e crível na aplicabilidade dos direitos e das

garantias fundamentais. O enquadramento

do abjeto no Ordenamento Jurídico sintetiza

a multiculturalidade dos Direitos Humanos,

repousando-se na necessidade de mitigar a

sensação de exclusão social por parte dessas

pessoas que vivem à margem de garantias

legais, por não se sentirem incluídas em seus

preceitos. A proposta de Butler (2015), em

demonstrar a possibilidade de exclusão de

corpos generificados que se autopromovem

à margem de determinismos biológicos, bem

como de Santos (1997) quando dialoga com

a emancipação cultural dos Direitos Humanos

constituem uma simbiose que caminha para

o respeito às identidades plurais e para às

adaptações humanas em contextos sociais

diversos, numa busca incessante em promover

uma política cosmopolita em ambientes

culturais num continuo processo transformativo,

tendentes a abarcarem diferenciações que

possam ser legitimadas e tuteladas pelo

Ordenamento Jurídico.

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POR UMA POLÍTICA CONTRA-HEGEMÔNICA DOS SERES ABJETOS EM BUTLER: UMA NOÇÃO INTERCULTURAL DE DIREITOS HUMANOS

  • DOI: 10.22533/at.ed.43619050713

  • Palavras-chave: Abjeto. Direitos humanos. Multiculturalidade. Ordenamento Jurídico

  • Keywords: Abject. Human rights. Multiculturality. Legal Planning.

  • Abstract:

    The reflection about what is meant

    by gender presupposes a social and cultural

    construction around the subjects embodied

    by it, insofar as there is no static criterion and

    unison in the subject's belonging around a

    specific identity, or rather the human subjectivity,

    conveyed by singularities, translates into an

    endless reconstruction of subjects that normative

    rigor itself felt incapable of standardizing in

    its domains. Thus, people who disagree with

    biological binarism tend to be considered

    abject, to fall outside the legal precepts of a

    welcoming and credible State in the applicability

    of rights and fundamental guarantees. The framework of the abject in the Legal System

    summarizes the multiculturality of Human Rights, resting on the need to mitigate the

    sense of social exclusion on the part of those people who live without legal guarantees,

    because they do not feel included in its precepts. The proposal of Butler (2015), in

    demonstrating the possibility of excluding generalized bodies that are self-promoting

    in the margins of biological determinism, as well as Santos (1997) when he dialogues

    with the cultural emancipation of Human Rights constitutes a symbiosis that walks

    toward respect to plural identities and to human adaptations in diverse social contexts,

    in an incessant search to promote a cosmopolitan politics in cultural environments in

    a continuous transformative process, tending to embrace differentiations that can be

    legitimized and protected by the Legal Order.

  • Número de páginas: 15

  • Mônica Rodrigues Suminami
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