POR UMA ARTE DO CULTIVO: AGRICULTURA COMO INSTRUMENTO DE CONTROLE DE ÍNDIOS E COLONOS NO PARÁ DAS DÉCADAS DE 1840-1880
Procuramos analisar, ao longo
deste texto, os debates que associavam a
agricultura como instrumento de mudança
do comportamento de índios e colonos, em
meados do século XIX. Apoiado nos relatórios
e correspondências da administração imperial
e da província demonstramos que a agricultura
tomava dimensão de uma indústria de criação
e multiplicação de algumas espécies de plantas
consideradas úteis, e ainda capaz de promover
uma nova forma de apropriação da terra, em
um movimento chamado de “arte econômica”.
Ou seja, não se tratava apenas de aumento
da produção, mas exercitar um processo
transformador sobre os produtos cultivados e
os agentes cultivadores. Assim, a agricultura
na Amazônia não estaria associada a uma
“arte” do cultivo, isto por que o aperfeiçoamento
das atividades de arroteamento do solo, os
amanhos da terra, as sementeiras, as colheitas,
a conservação dos frutos e manipulação de
alguns produtos vegetais, as construções
rurais, os trabalhos dos fechos, da irrigação
e do dessecamento dos terrenos deviam
estar vinculadas a estudos científicos e não a
experiência de cultivo herdada das populações
indígenas.
POR UMA ARTE DO CULTIVO: AGRICULTURA COMO INSTRUMENTO DE CONTROLE DE ÍNDIOS E COLONOS NO PARÁ DAS DÉCADAS DE 1840-1880
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DOI: 10.22533/at.ed.83819250417
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Palavras-chave: Atena
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Keywords: Atena
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Abstract:
Atena
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Número de páginas: 15
- Francivaldo Alves Nunes