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capa do ebook Por que não fazer diferente? A persistência da militarização nas políticas públicas do Rio de Janeiro

Por que não fazer diferente? A persistência da militarização nas políticas públicas do Rio de Janeiro

O presente trabalho pretende

abordar como uso do monopólio legítimo da

força física pelo Estado tem sido empregado

de maneira desproporcional e de forma usual

em diversas ocorrências, sendo nestes casos,

majoritariamente sobre os mais pobres. Sob

uma ótica em que o Estado é ferramenta

para manutenção dos interesses das classes

dominantes, à revelia do bem-estar da

classe trabalhadora, será analisado como a

militarização da segurança pública e de outros

aspectos da vida cotidiana, tem sido a regra no

Estado do Rio de Janeiro nos últimos anos. Para

garantir controle social sobre áreas periféricas

e mais vulneráveis das cidades a saída tem

sido estimular antigas práticas das polícias que

não escapam de uma seletividade punitiva, em

que se pune prioritariamente os mais pobres,

já estigmatizados pela mídia e pelo senso

comum da sociedade. Para além disso se

buscará problematizar exemplos de como este

modelo arcaico, e ao mesmo tempo cada vez

mais praticado, de gerir a segurança pública

influenciou outras políticas públicas, como

a Educação, com a designação de policiais

militares armados e fardados dentro de escolas

públicas estaduais. Por fim, será apontado

caminhos para uma desmilitarização das forças

policiais no Brasil, como objetivo de construção

de uma polícia efetivamente cidadã, em que

seus operadores de segurança pública, tanto

atuem no cotidiano, como sejam respeitados

pela corporação com base nos direitos humanos,

constituindo-se assim uma instituição que seja

mediadora de conflitos, agente da democracia,

e não mais seja reconhecida e nem tenha como

símbolo a morte.

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Por que não fazer diferente? A persistência da militarização nas políticas públicas do Rio de Janeiro

  • DOI: 10.22533/at.ed.67819160422

  • Palavras-chave: Desmilitarização; Segurança Pública; Violência

  • Keywords: Demilitarization; Public security; Violence

  • Abstract:

    The present work intends to

    consider how the use of the legitimate monopoly

    of the physical force by the State has been used

    disproportionally and in a usual way in several

    occurrences, being in these cases, mainly on

    the poorest ones. From an angle where the

    State is a tool for maintaining the interests of

    the ruling classes, in the absence of the welfare

    of the working class, it will be analysed how

    the militarization of public security and other

    aspects of daily life has been the rule in the

    State of Rio de Janeiro in recent years. In order

    to guarantee social control over peripheral and

    more vulnerable areas of the cities, the outflow

    has been to stimulate old police practices that

    do not escape a punitive selectivity, in which thepoorest ones, already stigmatized by the media and by the common sense of society,

    are punished. In addition, we will try to problematize examples of how this archaic and

    at the same time increasingly practiced model of managing public safety influenced

    other public policies, such as Education, with the designation of armed military police

    and uniformed officers in state public schools. Finally, it will be pointed out ways for

    a demilitarization of the police forces in Brazil, as an objective to build an effectively

    citizen police, in which its public security operators, both in daily life and respected by

    the corporation based on human rights, constituting thus creating an institution that is a

    mediator of conflicts, an agent of democracy, and no longer recognized or symbolized

    by death.

  • Número de páginas: 15

  • Walter José Moreira Dias Junior
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