O aumento do número de

idosos acompanhado de uma ampliação na

longevidade é um fenômeno que marca uma

nova realidade demográfica no Brasil. O ganho

coletivo que a sociedade tem com a imagem e

mudanças sociais decorrem do fato de somar

a idade 20 ou 30 anos a mais na média.

Todavia, ter algumas décadas a mais de vida

e ser excluído da sociedade deve ser foco

de análise e de políticas públicas sociais. A

Política Nacional do Idoso de 1994 e o Estatuto

do Idoso de 2003 fazem parte de um grande

avanço no que se refere à proteção do idoso,

contudo, não são suficientes. No que se tange

à educação, é preciso compreender e tentar

avançar como um direito do cidadão e dever

do Estado. Uma pedagogia para o idoso deve o

tornar novamente pessoa, resgatando o sentido

da vida, fazendo com que ele volte a ser um

cidadão competente, capaz de administrar

sua vida como velho e sentir-se bem. Nesse

sentido, um projeto educacional voltado para

essa população representa a possibilidade

de mudanças conceituais em relação ao

envelhecimento e a velhice e, principalmente,

como o sujeito envelhecido se vê nessa

condição.