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capa do ebook PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E SOCIOBIODIVERSIDADE EM ORIXIMINÁ: QUANDO O ORDENAMENTO TERRITORIAL PRODUZ O CONFLITO

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E SOCIOBIODIVERSIDADE EM ORIXIMINÁ: QUANDO O ORDENAMENTO TERRITORIAL PRODUZ O CONFLITO

O planejamento estratégico

municipal brasileiro, mesmo sob reorientação

técnica e democrática ainda segue privilegiando

os espaços urbanos e produzindo conflitos

socioambientais, latentes quando se trata

da Amazônia brasileira. Essa postura, por

um lado, reforça o ordenamento territorial

associado à regulação do modo de produção

(capitalista) das cidades e, por outro lado,

aprofunda a segregação socioespacial

e alija, institucionalmente, as múltiplas

relações interterritoriais entre as populações

etnoambientais e os citadinos dos municípios.

Esta hipótese foi verificada em pesquisa-ação

no município paraense de Oriximiná, entre os

anos de 2015 a 2017, onde os protestos de

indígenas e quilombolas acendeu a fagulha da

inclusão socioambiental via participação social

das comunidades rurais no processo de revisão

do plano diretor municipal participativo e, com

isto, um conjunto de medidas foi tomado entre

a sociedade civil, o poder público local e nós,

enquanto universidade e coordenadores das

oficinas e audiências públicas para mobilização

social. Acreditamos que a ampliação do objeto

estratégico, a recategorização dos objetivos

e o alargamento prático dos conteúdos de

instrumentos urbanísticos conferem uma visão

de médio e longo prazo que permite aliar acesso

à cidade com justiça ambiental, democratizando

não apenas as arenas sociais como também as

políticas públicas de desenvolvimento humano

em áreas urbanas e não-urbanas.

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PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO E SOCIOBIODIVERSIDADE EM ORIXIMINÁ: QUANDO O ORDENAMENTO TERRITORIAL PRODUZ O CONFLITO

  • DOI: 10.22533/at.ed.58420190319

  • Palavras-chave: Planos Diretores; Conflitos socioambientais; Oriximiná; Unidades de Conservação: Povos e comunidades tradicionais

  • Keywords: Master Plans; Socio-environmental conflicts; Oriximiná; Protected Areas: Traditional peoples and communities

  • Abstract:

    Brazilian cities strategic

    planning, even under technical and democratic

    reorientation, still continues to favor urban

    spaces and produce social and environmental

    conflicts, latent when it comes to the Brazilian

    Amazon. This stance, on the one hand, reinforces

    the territorial ordering associated with the

    regulation of the (capitalist) mode of production

    of cities and, on the other hand, deepens the

    socio-spatial segregation and institutionally and

    alienates the multiple interterritorial relations 

    between ethnoenvironmental populations and city dwellers. This hypothesis was

    verified in action-research in the municipality of Oriximiná, from 2015 to 2017, where

    indigenous and quilombolas protests ignited the spark of social and environmental

    inclusion through social participation of rural communities in the process of reviewing

    the participatory municipal master plan, and with this, a set of measures was taken

    between civil society, local government and us, as university and coordinators of

    workshops and public hearings for social mobilization. We believe that the expansion

    of the strategic object, the recategorization of the objectives and the practical extension

    of the contents of urbanistic instruments give a medium and long term vision that allows

    access to the city with environmental justice, democratizing not only the social arenas

    but also the public policies, human development in urban and non-urban areas.

  • Número de páginas: 20

  • Wagner de Oliveira Rodrigues
  • Wilson Madeira Filho
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