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Peter Sloterdijk: considerações sobre as raízes religiosas do ressentimento e da ira.

A investigação presente é dedicada à considerações acerca da religião e ressentimento, em particular, no que se refere aos conceitos de exclusivismo, monoteísmo e ira. Isso através da sociologia da religião do pensador alemão Peter Sloterdijk. Tais conceitos são desenvolvidos a partir de reflexão crítica a propósito do fenômeno religioso e suas implicações na sociedade, dado que isto caracteriza fortemente o vínculo entre a sociologia da religião e teoria sociológica. Nesse sentido, a relação entre “grupos políticos de excitados” – ou seja, aqueles que existem sob constante tensão “timótica” –, o exclusivismo e as manifestações sociais do fenômeno da ira, na medida em que estabelece o vínculo entre religião, ressentimento, constitui-se o objeto de pesquisa deste trabalho. Com efeito, a sociologia da religião de Sloterdijk apresenta-se como uma proposta diferenciada, sobretudo desde o ponto de vista epistemológico, pois, insere o tema da ira no horizonte de análise tanto da filosofia quanto da sociologia e da ciência política de forma geral. A novidade desta proposta teórica consiste em apresentar a importância e influências das forças timóticas na práxis política indo além de teorias modernas que, embora sejam capazes de descobrir dimensões importantes – como o inconsciente freudiano, como a dimensão relevante da ação comunicativa segundo a teoria habermasiana entre outras presentes na teoria sociológica contemporânea – mostram-se, relativamente, obsoletas a medida que não contemplaram em seus quadros conceituias, uma força determinante na ação social moderna: o thymos.

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Peter Sloterdijk: considerações sobre as raízes religiosas do ressentimento e da ira.

  • DOI: 10.22533/at.ed.6042206124

  • Palavras-chave: Sloterdijk. Ressentimento. Ira. Religião

  • Keywords: Sloterdijk. Resentment. Anger. Religion

  • Abstract:

    The present investigation is dedicated to considerations about religion and resentment, in particular, regarding the concepts of exclusivism, monotheism and anger. This was done through the sociology of religion of the German thinkers Peter Sloterdijk. Such concepts are developed from critical reflection from religious phenomenon and its implications within society, given that this strongly characterizes the link between the sociology of religion and sociological theory. In this sense, the relationship between “political groups of excited people” – in other words, those that exist under constant “timotic” tension -, exclusivism and the social manifestations of the phenomenon of anger, insofar as it establishes the nexus between religion and resentment. Indeed, Sloterdijk's sociology of religion presents itself as a differentiated proposal, especially from an epistemological point of view, as it inserts the theme of anger in the horizon of analysis of both philosophy, sociology and political science in general. For this reason, the contributions of this author become indispensable in view of the problem proposed here, although the other author (Sloterdijk) is more relevant because he operates an “epistemological maneuver” by showing that, in man, there is a disposition for anger and its derivatives, that is, it is composed and, to some extent, stimulated by thymos. The novelty of this theoretical proposal consists in presenting the importance and influences of the timotic forces in political praxis, going beyond modern theories that, although capable of discovering important dimensions - such as the Freudian unconscious, as the relevant dimension of communicative action according to the Habermasian theory between others present in contemporary sociological theory - are relatively obsolete to the extent that they did not contemplate in their conceptual frameworks, a determining force in modern social action: thymos.

  • José dos Anjos Junior
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