PERSEGUIÇÃO CONTRA RELIGIÃO AFRO BRASILEIRA AUMENTA VIOLÊNCIA NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, BRASIL
Dados compilados pela Comissão
de Combate à Intolerância Religiosa do Rio de
Janeiro (CCIR) mostram que mais de 70% de
1.014 casos de ofensas, abusos e atos violentos
registrados no Estado do Rio de Janeiro
entre 2012 e 2015 são contra praticantes de
religiões de matrizes africanas. Nosso objetivo
num primeiro momento foi problematizar a
razão pela qual os adeptos da umbanda, do
candomblé e suas variações são alvos de
ataques, desrespeito, violência. Após pesquisa
bibliográfica e documental, entendemos que
o desde o Brasil colônia, perpetua o ranço do
racismo contra o negro e contra as religiões
de matriz afro, pelo fato simples fato de serem
de origem africana. O segundo ponto por nós
levantado e analisado diz respeito à ação
de movimentos neopentecostais que nos
últimos anos que tem se valido de mitos e
preconceitos advindos do processo histórico,
colocando o negro brasileiro como de menor
valor; desumanizado, desvalorizado; estranho;
exótico, folclórico, com vistas a demonizar por
meio do culto religioso; o que só aumentou a
perseguição a umbandistas e candomblecistas
principalmente.
PERSEGUIÇÃO CONTRA RELIGIÃO AFRO BRASILEIRA AUMENTA VIOLÊNCIA NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO, BRASIL
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DOI: 10.22533/at.ed.8501907109
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Palavras-chave: religião africana; violência; movimento neopentecostal.
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Keywords: African religion; violence; neopentecostal movement.
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Abstract:
Data compiled by the Commission
for the Fight against Religious Intolerance of Rio
de Janeiro (CCIR) show that more than 70% of
1,014 cases of offenses, abuses and violent acts
registered in the State of Rio de Janeiro between
2012 and 2015 are against practicing matriarch
religions African countries. Our goal at first was
to problematize the reason why the supporters
of umbanda, candomblé and its variations are
targets of attacks, disrespect, violence. After
bibliographical and documentary research,
we understand that since the colony Brazil,
perpetuates the rancidity of racism against
the black and against the religions of African
origin, for the simple fact of being of African
origin. The second point raised and analyzed
by us refers to the action of neo-Pentecostal
movements that in recent years has used myths
and prejudices derived from the historical process, placing the Brazilian black as of
less value; dehumanized, devalued; weird; exotic, folkloric, with a view to demonizing
through religious worship; which only increased the persecution mainly Umbandistas
and candomblecistas.
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Número de páginas: 15
- Mônica Abud Perez de Cerqueira Luz
- Flávia Abud Luz