PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO MATERNO DAS CONSULTAS DE PRÉ- NATAL NO BRASIL NO PERÍODO DE 2013 A 2017
Introdução: Às consultas de pré-natal são relevantes para assegurar o desenvolvimento da gestação e um parto saudável quando realizadas de acordo com o número estabelecido pelo Ministério da Saúde, o que possibilita um melhor acompanhamento durante a gestação e uma maior vinculação com o local e a equipe de saúde. Todavia, com as desigualdades sociais na população o acesso às consultas de pré-natal entre as regiões do Brasil também é desigual. Objetivo: Analisar a associação entre o número de consultas de pré-natal com as características sociodemográficas maternas no Brasil, entre 2013 a 2017. Métodos: Trata-se de um estudo epidemiológico transversal, analítico de abordagem quantitativa com dados secundários do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos, entre 2013 a 2017. Resultados: O estudo demonstrou que a maioria das mães que realizaram 7 ou mais consultas de pré-natal são das regiões Sul (76,9%) e Sudeste (74,3%); com 30 a 39 anos (73,9%), 12 anos ou mais de estudos (82,7%), casadas (78,9%) e raça/cor branca (77,6%), Enquanto, na população que não realizou nenhuma consulta de pré-natal as maiores prevalências estão nas regiões Norte (4,7%) e Nordeste (3,1%); entre as indígenas (6,8%), pretas e pardas (2,6%). Conclusão: As mães que realizaram 7 ou mais consultas de pré-natal, deram-se de forma desigual entre as regiões do Brasil, sendo os maiores achados nas regiões mais desenvolvidas economicamente, entre as pessoas com maior escolaridade e de raça/cor branca. Evidenciando assim, o acesso desigual aos serviços de saúde e se configurando como importante desafio de saúde pública, almejando a implementação de políticas públicas de saúde eficazes nas regiões mais carentes no intuito de diminuir as desigualdades.
PERFIL SOCIODEMOGRÁFICO MATERNO DAS CONSULTAS DE PRÉ- NATAL NO BRASIL NO PERÍODO DE 2013 A 2017
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DOI: 10.22533/at.ed.7662231015
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Palavras-chave: Cuidado pré-natal. Desigualdade social. Saúde Materno- Infantil
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Keywords: Prenatal care. Social inequality. Maternal and Child Health
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Abstract:
Introduction: Prenatal consultations are relevant to ensure the development of pregnancy and a healthy delivery when performed according to the number established by the Ministry of Health, which allows for better monitoring during pregnancy and a greater connection with the place and the health team. However, with the social inequalities in the population, access to prenatal consultations between regions of Brazil is also unequal. Objective: To analyze the association between the number of prenatal consultations and maternal sociodemographic characteristics in Brazil, between 2013 and 2017. Methods: This is a cross-sectional, analytical, quantitative-approached epidemiological study with secondary data from the Information System on Live Births, between 2013 and 2017. Results: The study showed that most mothers who had 7 or more prenatal consultations were from the South (76.9%) and Southeast (74.3%) regions; with 30 to 39 years (73.9%), 12 years or more of education (82.7%), married (78.9%) and white race/color (77.6%), while in the population that does not attended no prenatal consultation as the highest prevalence is in the North (4.7%) and Northeast (3.1%) regions; among indigenous (6.8%), black and brown (2.6%). Conclusion: Mothers who attended 7 or more prenatal consultations were uneven across regions of Brazil, with the highest findings in more economically developed regions, among people with higher education and white race/color. Thus, showing unequal access to health services and configuring itself as an important public health challenge, aiming at the implementation of public health policies in the poorest regions, not aiming to reduce inequalities.
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Número de páginas: 14
- Dayane Greise Pereira
- Emília Carolle Azevedo de Oliveira
- Gabriela da Silveira Gaspar
- Maria Luiza Ferreira Imburana da Silva