PERFIL NUTRICIONAL E GRAVIDADE DA MIGRÂNEA EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DA DOR
Dados da literatura comprovam a
relação entre estado nutricional e enxaquecas,
com prevalência aumentada em pessoas
obesas. Este estudo objetivou investigar o perfil
nutricional e mensurar a gravidade da migrânea
em pacientes portadores desta patologia
atendidos em um ambulatório de dor. Foram
coletados dados sociodemográficos referentes
a sexo, idade, cor, estado civil, escolaridade,
renda familiar, tabagismo, trabalho e prática de
atividades físicas. Quanto ao perfil de saúde
foram investigadas patologias e alterações
gastrointestinais associadas. Para avaliação
antropométrica foram analisados IMC, dobras
cutâneas, CC e AMBc. A avaliação do impacto
causado pelas crises de migrânea foi mensurada
a partir de dois instrumentos: o Migraine
Disability Assessment (MIDAS) e o Headache
Impact Test, versão 6 (HIT-6). A análise descritiva
contemplou a determinação da distribuição
de frequências, média aritmética, mediana,
valores de máximo e mínimo, desvio padrão e
percentuais. Realizaram-se testes ANOVA para
análise de variância; e correlações de Pearson
para avaliar a relação entre cor e MIDAS e cor
e HIT-6 com nível de significância de 5%. Dos
36 pacientes com idade média de 36,5 anos,
91,7% eram do sexo feminino. As alterações
gastrointestinais mais frequentes foram náusea
(55,6%) e êmese (47,2%). A maioria dos
indivíduos adultos (52.8%) apresentou peso
acima do normal e apenas 38,9% eutrofia. O
risco de complicações metabólicas associadas
à obesidade estava presente em 67,6% dos
indivíduos. Não foram identificadas associações
entre a composição corporal e a gravidade da
migrânea a partir dos testes HIT-6 (p =0,906) e
MIDAS (p=0,807). Neste estudo houve elevada
prevalência de excesso de peso e risco elevado de doenças relacionadas à obesidade.
Contudo não houve associação da composição corporal com a gravidade da migrânea.
PERFIL NUTRICIONAL E GRAVIDADE DA MIGRÂNEA EM PACIENTES ATENDIDOS EM UM AMBULATÓRIO DA DOR
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DOI: 10.22533/at.ed.93218021229
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Palavras-chave: Transtorno de Enxaqueca. Estado Nutricional. Composição Corporal.
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Keywords: Migraine Disorder, Nutritional Status, Body Composition.
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Abstract:
Data from the literature show the relationship between nutritional status and
migraine, with an increased prevalence in obese people. This study aimed to investigate
the nutritional profile, to measure the severity of migraine in patients with this pathology
treated in an outpatient clinic. Sociodemographic data were collected regarding gender,
age, color, marital status, schooling, family income, smoking, work and physical activity.
Regarding the health profile, pathologies and associated gastrointestinal disorders
were investigated. For anthropometric evaluation, BMI, skinfolds, CC and AMBc were
analyzed. The Migraine Disability Assessment (MIDAS) and the Headache Impact
Test, version 6 (HIT-6) were measured in the impact assessment of migraine attacks.
The descriptive analysis included the determination of the frequency distribution,
arithmetic mean, median, maximum and minimum values, standard deviation and
percentages. ANOVA tests were performed for analysis of variance; and Pearson
correlations to evaluate the relationship between color and MIDAS and color and HIT-6
with significance level of 5%. Of the 36 patients with a mean age of 36.5 years, 91.7%
were female. The most frequent gastrointestinal alterations were nausea (55.6%) and
emesis (47.2%). The majority of the adult individuals (52.8%) presented weight above
normal and only 38.9% eutrophy. The risk of metabolic complications associated with
obesity was present in 67.6% of the individuals. No associations were identified between
body composition and severity of migraine from the HIT-6 (p = 0.906) and MIDAS (p =
0.807) tests. In this study, there was a high prevalence of overweight and a high risk of
obesity-related diseases. However, there was no association of body composition with
the severity of migraine.
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Número de páginas: 15
- Márcia Cristina Almeida Magalhães Oliveira