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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E PREVALÊNCIA DAS ALTERAÇÕES CITOPATOLÓGICAS DO COLO DO ÚTERO NO TOCANTINS DE 2019 A 2023

O útero é um órgão fibromuscular que pode ser dividido em corpo, fundo, istmo e colo. Essa última porção possui uma área onde fisiologicamente ocorrem processos de transformação celular - a Zona de Transformação, pela qual o vírus do HPV tem maior tropismo e cuja infecção persistente é o principal fator associado ao câncer de colo uterino. Tal neoplasia é a terceira mais incidente entre as brasileiras e pode ser rastreada pelo exame de Colpocitologia Oncótica, Papanicolau ou preventivo de câncer de colo do útero (PCCU).  Este estudo propõe análise transversal, quantitativa e descritiva do perfil epidemiológico e da prevalência das alterações citopatológicas do colo uterino no Tocantins entre 2019 e 2023, baseada em dados levantados pelo Sistema de Informações do Câncer da plataforma Tabnet - DATASUS do Ministério da Saúde. As informações obtidas serão tabuladas em planilhas com o programa Microsoft Excel. No Tocantins, entre 2019 e 2023, foram realizados 184.149 PCCUs, e 86% apresentavam alterações benignas ou relacionadas ao efeito do HPV. O principal ano foi 2023 - 45.198 exames. Nesse período, 95% das coletadas foram satisfatórias e 59% apresentaram representatividade da ZT. Quanto às displasias induzidas pelo HPV, a alteração mais prevalente foi ASC-US - 2.869 amostras (29,84% do total), e a faixa etária mais afetada foi de 30 a 39 anos - 1.384 casos (14,9% do total). O município com mais amostras foi Palmas - 31.637, total do qual 28% foram ASC-H. A realização do PCCU depende da execução humana, e o elevado percentual de coletas inadequadas e de informações ignoradas no registro do exame são fatores ainda presentes no Tocantins que impactam negativamente na alimentação do banco de dados. A avaliação dos indicadores de morbidade é crucial para mensurar a magnitude da doença e, assim, planejar ações em saúde, direcionar recursos e capacitar profissionais.
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO E PREVALÊNCIA DAS ALTERAÇÕES CITOPATOLÓGICAS DO COLO DO ÚTERO NO TOCANTINS DE 2019 A 2023

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.5642417058

  • Palavras-chave: Teste de Papanicolau. Displasia do colo uterino. Neoplasia epitelial intracervical. Perfil epidemiológico.

  • Keywords: Pap smear test. Cervical dysplasia. Intracervical epithelial neoplasia. Epidemiological profile.

  • Abstract: The uterus is a fibromuscular organ that can be divided into body, fundus, isthmus and cervix. This last portion has an area where cellular transformation processes physiologically occur - the Transformation Zone, for which the HPV virus has greater tropism and whose persistent infection is the main factor associated with cervical cancer. This neoplasm is the third most common among Brazilian women and can be tracked by Oncotic Colpocytology, Pap smears or cervical cancer prevention (PCCU). This study proposes a cross-sectional, quantitative and descriptive analysis of the epidemiological profile and prevalence of cytopathological changes in the cervix in Tocantins between 2019 and 2023, based on data collected by the Cancer Information System on the Tabnet platform - DATASUS of the Ministry of Health. obtained will be tabulated in spreadsheets using the Microsoft Excel program. In Tocantins, between 2019 and 2023, 184,149 PCCUs were performed, and 86% showed benign changes or changes related to the effect of HPV. The main year was 2023 - 45,198 exams. During this period, 95% of those collected were satisfactory and 59% were representative of the ZT. Regarding HPV-induced dysplasias, the most prevalent change was ASC-US - 2,869 samples (29.84% of the total), and the most affected age group was 30 to 39 years old - 1,384 cases (14.9% of the total) . The municipality with the most samples was Palmas - 31,637, of which 28% were ASC-H. Carrying out the PCCU depends on human execution, and the high percentage of inadequate collections and information ignored in the exam record are factors still present in Tocantins that negatively impact the database supply. The assessment of morbidity indicators is crucial to measuring the magnitude of the disease and, thus, planning health actions, directing resources and training professionals.

  • Ana Carolina Espinoza Vilas Boas
  • Taynara Bahia Dias Souza
  • Lucas Rocha Bezerra
  • Diego de Abreu Noleto
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