PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ÓBITOS POR CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NO BRASIL NO PERÍODO DE 2007 A 2017
Introdução: O câncer de colo uterino representa a terceira neoplasia que mais acomete as mulheres brasileiras e a segunda causa de óbito. Objetivo: Identificar variáveis envolvidas no perfil de mortalidade do câncer de colo de útero no Brasil, de 2007 a 2017. Método: Estudo ecológico de série temporal descritivo, com dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM/DATA-SUS). A população foi constituída por mulheres com câncer que vieram a óbito, residentes no Brasil entre 2007 e 2017. As variáveis foram: escolaridade (nenhuma, 1 - 3 anos, 4 - 7 anos, 8 - 11 anos, ≥ 12 anos e ignorado), estado civil (solteiro, casado, viúvo, divorciado e ignorado), idade (20 a mais de 80 anos), raça/cor (branca, amarela, preta, parda, indígena e ignorado), região (norte, nordeste, sul, sudeste e centro-oeste) e exame anatomopatológico (insatisfatório, anormal e normal). Resultados: O Sudeste apresentou maior incidência de óbitos no período, mas reduziu a taxa de mortalidade. As regiões Norte e Nordeste apresentaram as maiores taxas de mortalidade no período de 2008 a 2017. Com exceção da região Sul, o estado civil Solteiro representou maioria dos casos (33,66%). A relação de óbitos por escolaridade mostrou que 17,11%, não tinham nenhuma escolaridade, 23,27% tinham 1 a 3 anos de estudo, 22,03% tinham 4 a 7 anos, 13,36% tinham 8 a 11 anos, 3,86% tinham 12 anos ou mais e 20,36% tiveram esse dado ignorado. Mulheres com 50 a 59 anos representaram a maioria dos casos. A análise dos exames anatomopatológicos mostra mais análises em 2011 e menor em 2017. Conclusões: Houve crescimento no número de óbitos por câncer, em todas as regiões brasileiras, aumento de 36,11% de 2007 a 2017, com destaque para o Norte. O perfil das mulheres que faleceram por câncer foi de solteiras, na faixa etária de 50-59 anos e com baixa escolaridade.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE ÓBITOS POR CÂNCER DE COLO DE ÚTERO NO BRASIL NO PERÍODO DE 2007 A 2017
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DOI: 10.22533/at.ed.47820130321
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Palavras-chave: Carcinoma, Mortalidade , Prevenção primária, Colo do útero, Neoplasias do colo do útero
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Keywords: Carcinoma, Mortality, Primary Prevention, Cervix Uteri, Uterine Cervical Neoplasms
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Abstract:
Introduction: Cervical cancer represents the abnormal growth of cervical canal epithelial cells, and in Brazil it is the third most common cancer in women and the second leading cause of death. Objective: To identify the variables involved in the cervical cancer mortality patterns in Brazil from 2007 to 2017. Methods: Descriptive time-series ecological study, using data from the Mortality Information System (SIM/DATA-SUS). The population consisted of women diagnosed with uterine cervical carcinoma who died, living in Brazil, between 2007 and 2017. The variables analyzed were: education (none, 1 to 3 years, 4 to 7 years, 8 to 11 years, 12 years and over and ignored), marital status (single, married, widowed, legally separated and ignored), age group (20 to more than 80 years-old), race/color (white, yellow, black, brown , indigenous and ignored), region of Brazil (North, Northeast, South, Southeast and Central-West) and pathological examination (unsatisfactory, abnormal and normal). Results: Southeast, despite having the highest incidence of deaths in the period, was the only region that decreased its mortality rate related to cervical cancer from 2008 to 2017. North and Northeast were the regions that showed highest mortality rates in the same period. The data showed that, except for the Southern region, single marital status was related to the majority of deaths (33.66%). The association between deaths and education showed that 17.11% had no education, 23.27% had 1 to 3 years of schooling, 22.03% had 4 to 7 years, 13.36% had 8 to 11 years, 3.86% had 12 years and over and 20.36% of women had this information ignored. Women aged 50 to 59 had the highest number of cancer mortality cases. The pathological exams analysis shows the highest number of tests in 2011 and the lowest in 2017. Conclusion: Cancer deaths increased in all country regions: 36.11% from 2007 to 2017, with highlight for the Northern region. The profile of women who died due to this disease was: single, aged 50-59 years-old, with low education. This last aspect reflects the low socioeconomic power, a variable that is associated with higher number of deaths.
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Número de páginas: 18
- Ana Bárbara Almeida Fonseca
- Besaliel Bastos e Silva Júnior
- Carolina Cairo de Oliveira
- Danton Ferraz de Souza
- Rafael Lessa Jabar
- Cristina Aires Brasil
- Rafaela Vergne Ribeiro Ferreira