PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR EPILEPSIA NA BAHIA ENTRE O PERÍODO DE 2006 A 2016.
Introdução: A epilepsia acomete 1% da população mundial. A apresentação clínica depende da localização da anormalidade epileptiforme, do padrão de propagação da atividade ictal, das medicações em uso, dentre outros fatores. A nova classificação da ILAE de 2017 possibilita o diagnóstico em diferentes ambientes clínicos, em níveis de certeza e descrição. O diagnóstico fundamenta-se nos dados da história clínica, achados eletroencefalográficos e de neuroimagem. Embora, haja bom controle com o tratamento medicamentoso, ainda há grande lacuna no acesso ao cuidado médico. A epilepsia, além de causar as crises epilépticas, provoca graves impactos sociais e psicológicos, repercutindo ainda, no aumento da mortalidade nessa população. Nesse contexto, as principais causas de internação são: estado de mal epiléptico, primeira crise, trauma e internação para realização e avaliação de cirurgia para epilepsia. O impacto econômico desta condição vem aumentando ao longo dos últimos anos. A identificação e intervenção precoces, bem como acesso ao tratamento são os principais fatores para a redução dos custos e do impacto socioeconômico da doença. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico e o custo das internações por epilepsia na Bahia no período de 2006 a 2016. Método: Estudo descritivo de agregados utilizando dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). Foram avaliadas as variáveis número de internações por epilepsia entre 2006 e 2016, segundo sexo, faixa etária, cor de pele, macrorregião de saúde e custo das internações no estado da Bahia. Os dados foram analisados utilizando-se estatística descritiva, com resultados apresentados em valores absolutos, proporções, tabelas, gráficos e imagens. Resultados:No período estudado, foram registradas 27.837 internações devido a epilepsia. Destas, 59,5% eram de pacientes do sexo masculino e 40,5% do sexo feminino. A faixa etária mais acometida foi entre 5-19 anos com 22,1% dos casos. Em relação a cor da pele, 52,5% não tinham registro dessa informação. O custo total das internações por epilepsia no Estado da Bahia foi de R$10,1 milhões. Em relação a macrorregião de saúde, a que apresentou maior número de casos foi a Leste com 23,3% das internações. A região Leste configura como a macrorregião com maior custo das internações, sendo responsável por 48,6% dos gastos. Dentre as faixas etárias analisadas, a população menor que um ano apresentou um aumento de 1,3 vezes entre o ano de 2015 e 2016 quando analisado o estado da Bahia como um todo. Ao analisar este dado por macrorregião, observou-se um aumento de1,6 vezes nas macrorregiões Leste e Centro-Leste no mesmo período. Essas foram as regiões onde houve maior número de notificações de casos de Zika-Vírus.Conclusão: Nesse estudo, observou-se o crescimento do número de internações e dos custos relacionados a epilepsia nos últimos 10 anos. Na faixa etária menor que um ano de idade houve um aumento significativo no número de internações por epilepsia no ano de 2016, nas regiões de maior incidência de infecções por Zika-Virus.Fica evidente que a epilepsia é um problema de saúde pública e requer políticas para prevenção, diagnóstico e tratamento.
Introdução: A epilepsia acomete 1% da população mundial. A apresentação clínica depende da localização da anormalidade epileptiforme, do padrão de propagação da atividade ictal, das medicações em uso, dentre outros fatores. A nova classificação da ILAE de 2017 possibilita o diagnóstico em diferentes ambientes clínicos, em níveis de certeza e descrição. O diagnóstico fundamenta-se nos dados da história clínica, achados eletroencefalográficos e de neuroimagem. Embora, haja bom controle com o tratamento medicamentoso, ainda há grande lacuna no acesso ao cuidado médico. A epilepsia, além de causar as crises epilépticas, provoca graves impactos sociais e psicológicos, repercutindo ainda, no aumento da mortalidade nessa população. Nesse contexto, as principais causas de internação são: estado de mal epiléptico, primeira crise, trauma e internação para realização e avaliação de cirurgia para epilepsia. O impacto econômico desta condição vem aumentando ao longo dos últimos anos. A identificação e intervenção precoces, bem como acesso ao tratamento são os principais fatores para a redução dos custos e do impacto socioeconômico da doença. Objetivo: Avaliar o perfil epidemiológico e o custo das internações por epilepsia na Bahia no período de 2006 a 2016. Método: Estudo descritivo de agregados utilizando dados secundários do Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS). Foram avaliadas as variáveis número de internações por epilepsia entre 2006 e 2016, segundo sexo, faixa etária, cor de pele, macrorregião de saúde e custo das internações no estado da Bahia. Os dados foram analisados utilizando-se estatística descritiva, com resultados apresentados em valores absolutos, proporções, tabelas, gráficos e imagens. Resultados:No período estudado, foram registradas 27.837 internações devido a epilepsia. Destas, 59,5% eram de pacientes do sexo masculino e 40,5% do sexo feminino. A faixa etária mais acometida foi entre 5-19 anos com 22,1% dos casos. Em relação a cor da pele, 52,5% não tinham registro dessa informação. O custo total das internações por epilepsia no Estado da Bahia foi de R$10,1 milhões. Em relação a macrorregião de saúde, a que apresentou maior número de casos foi a Leste com 23,3% das internações. A região Leste configura como a macrorregião com maior custo das internações, sendo responsável por 48,6% dos gastos. Dentre as faixas etárias analisadas, a população menor que um ano apresentou um aumento de 1,3 vezes entre o ano de 2015 e 2016 quando analisado o estado da Bahia como um todo. Ao analisar este dado por macrorregião, observou-se um aumento de1,6 vezes nas macrorregiões Leste e Centro-Leste no mesmo período. Essas foram as regiões onde houve maior número de notificações de casos de Zika-Vírus.Conclusão: Nesse estudo, observou-se o crescimento do número de internações e dos custos relacionados a epilepsia nos últimos 10 anos. Na faixa etária menor que um ano de idade houve um aumento significativo no número de internações por epilepsia no ano de 2016, nas regiões de maior incidência de infecções por Zika-Virus.Fica evidente que a epilepsia é um problema de saúde pública e requer políticas para prevenção, diagnóstico e tratamento.
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DAS INTERNAÇÕES POR EPILEPSIA NA BAHIA ENTRE O PERÍODO DE 2006 A 2016.
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DOI: 10.22533/at.ed.56120280121
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Palavras-chave: Epilepsia. Perfil epidemiológico. Custo. Internações. Bahia
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Keywords: Atena
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Abstract:
Atena
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Número de páginas: 27
- Humberto Castro Lima Filho
- Victor Ribeiro da Paixão