Estudar a prevalência

dos casos de sífilis congênita no Hospital do

Trabalhador, em Curitiba (PR), e correlacionar

o provável aumento encontrado no número de

casos com suas possíveis causas.

Métodos: Análise retrospectiva das fichas de

notificação dos neonatos com sífilis congênita

no serviço de maternidade do Hospital do

Trabalhador, no período de janeiro/2011 a

dezembro/2015.

Resultados: Das 194 fichas analisadas, 178

preencheram os critérios de inclusão. O número

de notificações de sífilis congênita de 2011

a 2015, por ano, foram 33, 37, 28, 43 e 37,

respectivamente. Das mulheres 138 (77,53%)

realizaram o pré-natal e 36 (20,22%) não

realizaram o pré-natal. O tratamento da sífilis

materna foi adequado em 68 (38,20%) casos,

inadequado em 77 (43,26%) e não foi realizado

em 22 (12,36%). Em 91 (51,12%) casos os

parceiros não foram tratados para sífilis, e em 66

(37.08%) foram tratados. 124 (69,66%) recémnascidos receberam tratamento com penicilina

e 43 (24,15%) não receberam tratamento.

Na evolução dos casos 149 (83,71%) recémnascidos ficaram vivos.

Conclusões: Através dos resultados obtidos

é possível correlacionar o aumento de casos

de sífilis congênita com o desabastecimento

de penicilina nacional e a precariedade do

atendimento pré-natal