Artigo - Atena Editora

Artigo

Baixe agora

Livros

Perfil epidemiológico da disfagia no Nordeste

Introdução: A disfagia, um distúrbio de deglutição com alta prevalência em idosos (30-40%), pode acarretar graves consequências como desnutrição, desidratação e broncopneumonia, representando um significativo impacto na saúde pública. O conhecimento do perfil epidemiológico desta condição é fundamental para possibilitar avaliações eficazes e intervenções fonoaudiológicas eficientes. Objetivo: Identificar o perfil epidemiológico da disfagia no nordeste. Material e Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, observacional, transversal do tipo quantitativo e qualitativo, de amostra por conveniência. Os fonoaudiólogos que atuam com disfagia no nordeste, convidados via aplicativos de comunicação, responderam um formulário online, após consentirem em participar, abordando características da disfagia, da população atendida e da forma de intervenção. Resultados e discussão: Os dados revelam um perfil de pacientes majoritariamente idoso (61,3%), com predomínio de atendimentos na capital (61%). Clinicamente, predomina a disfagia neurogênica (67,7%), com gravidade leve-moderada em 29% dos casos, segundo a escala FOIS. Uma associação estatisticamente significativa (p=0,029) entre a etiologia e os protocolos foi observada, com o protocolo PARD sendo o mais utilizado para casos neurogênicos (63,3%). Espessantes (96,7%), oxímetros (93,3%) e estetoscópios (90%) são recursos amplamente usados por profissionais que atuam principalmente em hospitais (48,4%) e ambulatórios (25,8%). Conclusão: Os achados ressaltam a importância do diagnóstico precoce e do manejo adequado para subsidiar estratégias eficazes de avaliação e intervenção em disfagia no Nordeste. Evidencia-se também a necessidade de políticas públicas que incentivem a formação continuada e o investimento em recursos, visando garantir cuidado seguro, eficiente e de qualidade.
Ler mais

Perfil epidemiológico da disfagia no Nordeste

  • DOI: https://doi.org/10.22533/at.ed.3932528089

  • Palavras-chave: Disfagia; Saúde pública; Epidemiologia; Fonoaudiologia.

  • Keywords: Dysphagia; Public health; Epidemiology; Speech therapy. 

  • Abstract: Introduction: Dysphagia, a swallowing disorder with a high prevalence in the elderly (30-40%), has serious consequences such as malnutrition, dehydration, and aspiration bronchopneumonia, representing a significant impact on public health. Understanding the epidemiological profile of this condition is essential to enable effective assessments and safe speech-language pathology interventions. Objective: To identify the epidemiological profile of dysphagia in the Northeast region. Methods: This is a descriptive, observational, cross-sectional study of both quantitative and qualitative types, using a convenience sample. Speech-language pathologists working with dysphagia in the Northeast region, invited via communication applications, completed an online form after consenting to participate, addressing characteristics of dysphagia, the population served, and the intervention. Results: The data reveal a predominantly elderly patient profile (61.3%), with treatment provided equally between the capital (61%) and the interior (39%). Clinically, neurogenic dysphagia predominated (67.7%), with mild-to-moderate severity in 29% of cases, according to the FOIS scale. A statistically significant association (p=0.029) between etiology and protocols was observed, with the PARD protocol being the most commonly used for neurogenic cases (63.3%). Thickeners (96.7%), oximeters (93.3%), and stethoscopes (90%) are widely used by professionals working mainly in hospitals (48.4%) and outpatient clinics (25.8%). Final considerations: The results reinforce the importance of early diagnosis and appropriate management to implement effective dysphagia assessment and intervention strategies in the region. Furthermore, there is a need for public policies that value continuing education and investment in resources to ensure safe, effective, and quality care.

  • Myrelle Ferreira Soares
  • Marisa Siqueira Brandão Canuto
Fale conosco Whatsapp