PERCEPÇÃO DOS MÉDICOS DE UMA SALA DE EMERGÊNCIA SOBRE A ASSISTÊNCIA AO PACIENTE FORA DE POSSIBILIDADE DE CURA
O objetivo desse estudo foi identificar qual a percepção dos médicos de uma unidade de cuidados intensivos que presta cuidados críticos, mas é caracterizada como uma Sala de Emergência sobre cuidados paliativos, obstinação terapêutica e paciente fora de possibilidade de cura. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória. Os sujeitos da pesquisa foram cinco médicos que trabalham na sala de emergência, do Hospital Municipal de Maringá-PR. Os dados foram coletados nos meses de setembro e outubro de 2014, por meio de entrevista gravada através da aplicação de questionário semiestruturado. A análise dos dados ocorreu em três etapas estabelecidas por Minayo: pré-análise; exploração do material; tratamento dos resultados e foram desveladas as seguintes categorias: Paciente fora de possibilidade de cura: caracterização dos médicos; Cuidados paliativos versus cuidados curativos; Ações paliativistas ao paciente fora de possibilidade de cura; Atitudes obstinadas: visão dos médicos. Conclui-se que os médicos conseguem entender o que é um paciente fora de possibilidade de cura, mas existe dificuldade em manejá-lo. Os cuidados paliativos são visualizados como alívio do sofrimento e aproximação da boa morte, mas existe uma linha tênue entre investir curativamente e paliativamente no final da vida. Eles visualizam que se torna importante a realização de medidas de conforto, em contrapartida, visualiza medidas obstinadas na tentativa de salvamento desse paciente. Além disso, os profissionais pesquisados apresentam dificuldade de lidar com os pacientes nesse estado, devido ao fato de estarem em setor crítico destinado ao salvamento.
PERCEPÇÃO DOS MÉDICOS DE UMA SALA DE EMERGÊNCIA SOBRE A ASSISTÊNCIA AO PACIENTE FORA DE POSSIBILIDADE DE CURA
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DOI: 10.22533/at.ed.65921090211
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Palavras-chave: Doente terminal, Cuidados paliativos; Equipe de assistência ao paciente; Tratamento fútil; Medicina.
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Keywords: Patient terminal; Palliative care; Patient care team; Futile treatment; Medicine.
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Abstract:
The aim of this study was to identify the perception of physicians in an intensive care unit that provides critical care, but is characterized as an Emergency Room on palliative care, therapeutic obstinacy and a patient with no possibility of cure. It is a qualitative, descriptive and exploratory research. The research subjects were five doctors who work in the emergency room at the Municipal Hospital of Maringá-PR. The data were collected in the months of September and October 2014, through a recorded interview through the application of a semi-structured questionnaire. Data analysis took place in three stages established by Minayo: pre-analysis; exploration of the material; treatment of results and the following categories were unveiled: Patient out of possibility of cure: characterization of doctors; Palliative care versus curative care; Palliative actions to the patient without possibility of cure; Stubborn attitudes: doctors' view. It is concluded that doctors are able to understand what a patient is without a possibility of cure, but there is difficulty in managing it. Palliative care is viewed as relief from suffering and approaching a good death, but there is a fine line between investing curatively and palliative at the end of life. They see that it is important to carry out comfort measures, in contrast, they see obstinate measures in the attempt to rescue this patient. In addition, the professionals surveyed have difficulty dealing with patients in this state, due to the fact that they are in a critical sector destined for rescue.
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Número de páginas: 13
- Fernanda Alves dos Santos
- Diana Paola Gutierrez Diaz de Azevedo
- Maria Auxiliadora Gonçalves
- Kamile Santos Siqueira Gevú
- Ana Claudia Moreira Monteiro
- Katy Conceição Cataldo Muniz
- Virginia Maria de Azevedo Oliveira Knupp
- Isabel Cristina Ribeiro Regazzi
- Janaína Luiza dos Santos
