PENSANDO A HISTÓRIA E O TEMPO PRESENTE: REFLEXÕES SOBRE O TRABALHO DAS REVENDEDORAS DE COSMÉTICOS E A SUA NARRATIVA NO MUNDO DO DIREITO.
O mercado de trabalho de forma geral é permeado pela compra e venda da força de trabalho do indivíduo, sendo que as suas condições são definidas historicamente a partir da socialização e das definições impostas pela sociedade, gerando uma série de subjetividades econômicas, sociais e culturais, nos trazendo refletir: o que está em jogo no mundo do trabalho? Essa premissa é o ponto de partida dessa pesquisa que aborda o trabalho das revendedoras de cosméticos no intuito refletir, mediante o uso da interdisciplinaridade entre História e Direito, sobre os elementos que constroem e sustentam essa forma de exploração do trabalho. Para tanto, refletir-se-á sobre os contornos do trabalho das revendedoras de cosméticos considerando a interseccionalidade dos diversos marcadores social-históricos e das relações entre classe e gênero. Posteriormente, será realizada pesquisa jurisprudencial, com recorte temporal de 2015 a 2019, na perspectiva de mapear as narrativas e debater sobre o contexto contemporâneo dessa forma de trabalho na sociedade. Tal pesquisa se justifica pois se trata de uma modalidade de trabalho que é tipicamente desenvolvida por indivíduos do gênero feminino, socialmente invisíveis, envoltas por diferentes tipos de mecanismos de exploração e de riscos na gestão do negócio. Trata de um assunto que toca em questões centrais do desenvolvimento capitalista. As operações dessas empresas apresentam características predatórias, estabelecendo regras de vigilância do trabalho e do trabalhador, ao mesmo tempo que se eximem de responsabilidades, significando uma reconfiguração do mercado de trabalho, mercado esse conta com uma multidão de usuários e de trabalhadoras que encontram nessa atividade sua forma de sustento. Assim, essa reconfiguração pode ser sintoma das formas contemporâneas de supressão de direitos associados ao trabalho e banalização dessa exploração. De saída, busca-se, como forma de conferir visibilidade, examinar os elementos de reconhecimento da exploração.
PENSANDO A HISTÓRIA E O TEMPO PRESENTE: REFLEXÕES SOBRE O TRABALHO DAS REVENDEDORAS DE COSMÉTICOS E A SUA NARRATIVA NO MUNDO DO DIREITO.
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DOI: 10.22533/at.ed.4892114123
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Palavras-chave: Revendedoras de cosméticos; Interseccionalidade; Jurisprudência trabalhista.
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Keywords: Cosmetic dealers; Intersectionality; Labor jurisprudence.
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Abstract:
The labor market in general is permeated by the purchase and sale of the individual's workforce, and its conditions are historically defined based on socialization and the definitions imposed by society, generating a series of economic, social and cultural subjectivities, bringing us to reflect: what is at stake in the world of work? This premise is the starting point of this research that addresses the work of cosmetics retailers in order to reflect, through the use of interdisciplinarity between History and Law, on the elements that build and sustain this form of work exploration. Therefore, it will reflect on the contours of the work of cosmetics retailers considering the intersectionality of various social-historical markers and the relationships between class and gender. Subsequently, jurisprudential research will be carried out, with a time frame from 2015 to 2019, in the perspective of mapping the narratives and debating the contemporary context of this way of working in society. Such research is justified because it is a type of work that is typically developed by socially invisible female individuals, surrounded by different types of exploitation and risk mechanisms in business management. It deals with a subject that touches on central issues of capitalist development. The operations of these companies have predatory characteristics, establishing labor and worker surveillance rules, while exempting themselves from responsibilities, meaning a reconfiguration of the labor market. their livelihood. Thus, this reconfiguration can be a symptom of contemporary forms of suppression of rights associated with work and the trivialization of this exploitation. At the outset, as a way of conferring visibility, we seek to examine the elements of recognition of exploitation.
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Número de páginas: 11
- Bárbara Galli de Oliveira
